Subiu para 64 o número de mortos nas chuvas e inundações na Espanha, especialmente na província de Valência. O balanço atualizado foi divulgado pelos serviços de emergência do país, citados pela agência Efe, mas os trabalhos de buscas por vítimas continuam.
De acordo com as autoridades, muitos cidadãos estão desaparecidos e os danos são incalculáveis nas regiões espanholas de Valência e Castela-La Mancha. Além disso, uma tempestade pode agora atingir a província de Barcelona.
O presidente regional do leste de Valência, Carlos Mazón, afirmou nesta quarta-feira, 30, que há pessoas que estão isoladas em decorrência das enchentes. “Se os [serviços de emergência] não chegaram, não é por falta de recursos ou disposição, mas por um problema de acesso,” afirmou Mazón, acrescentando que chegar a determinadas áreas era “absolutamente impossível".
Ricardo Gabaldón, prefeito de Utiel, cidade vizinha a Valência, afirmou que a região também sofre devido ao temporal. "Nós estávamos presos como ratos. Carros e contêineres de lixo foram arrastados pela correnteza ao longo das ruas. A água subiu até três metros", relatou.
O desastre foi causado por um fenômeno conhecido como Depressão Isolada em Níveis Altos (Dana), que acontece quando uma massa de ar gelado cai sobre outra de ar quente, produzindo chuvas intensas.
Em publicação no X, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, expressou solidariedade às famílias das vítimas das inundações. "Pela estima e pelo respeito que tenho por ele, estou ao lado do rei Filipe VI, símbolo da unidade nacional neste momento de dificuldade", ressaltou o chanceler.