A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou os números referentes às enchentes que afetam o estado nesta quarta-feira, 22. Segundo o boletim desta manhã, diminuiu o número de pessoas em abrigos. O número de mortos e desaparecidos se manteve desde a noite de terça-feira, 21.
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No total, 467 municípios sofrem com as enchentes, sendo que o Estado tem 497 cidades no total. O número de moradores afetados pelas chuvas e cheia dos rios está em 2.341.060. Desses, 581.633 estão desalojados e 68.345 estão em abrigos.
Ontem, a população em abrigos era de 71.503, o que significa uma diminuição de 3.158 pessoas, que podem ter ido para casas de amigos ou parentes, ou voltado para as próprias casas após a água baixar.
As mortes causadas em decorrência das enchentes se mantiveram em 161. O número de feridos continua em 82, e os feridos são 806.
A Defesa Civil informou que as pessoas resgatadas foram 82.666, além de 12.358 animais. O efetivo de resgate funciona com 27.708 pessoas, 4.069 viaturas, 18 aeronaves e 265 embarcações.
Alerta para chuvas
Nesta quarta-feira, 22, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas e temporais para o sul do Rio Grande do Sul. Cidades como Bagé, Uruguaiana e Rio Grande podem ter grandes volumes de chuva em um dia. Também estão previstas rajadas de vento e raios na região.
A partir desta quarta-feira, áreas de instabilidade associadas à baixa pressão avançam ao oeste do Rio Grande do Sul, dando origem a um sistema frontal. Isso significa que haverá chuvas intensas, rajadas de vento e raios. O sistema deve se deslocar pela região e afetar também a região Centro-Oeste e Sudeste nos próximos dias.
Leptospirose
Foi confirmada nesta terça-feira, 21, a segunda morte por leptospirose no Rio Grande do Sul. A segunda vítima é um homem de 33 anos que morava no município de Venâncio Aires e morreu na última sexta-feira, dia 17. Antes dele, havia sido confirmada a morte pela mesma doença de um senhor de 67 anos morador de Travesseiro, cidade da região do Vale do Taquari.
A leptospirose é uma doença transmitida pela urina de animais infectados, que funcionam como vetores da bactéria leptospira. Segundo especialistas, ter contato com água de enchentes e alagamentos aumenta as chances de infecção - daí a possibilidade de ocorrer significativo aumento de casos no Rio Grande do Sul a partir deste mês.