As pererecas-assobiadoras, chamadas cientificamente de Eleutherodactylus johnstonei, ganharam destaque neste domingo, 10, após terem sido citadas no segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
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A pergunta citava a situação de moradores do bairro do Brooklin, em São Paulo, que estavam sofrendo com o som das pererecas durante a noite.
De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 2014, não está claro como a espécie chegou ao bairro.
Os animais medem, no máximo, três centímetros e viajam com o comércio de plantas. Eles, além disso, não precisam de água acumulada para se reproduzir. As pererecas já saem prontas dos ovos e, por conta disso, têm grande potencial de se tornarem invasoras.
A principal característica do animal é o barulho. De acordo com o estudo, um morador do Brooklin relatou um distúrbio relacionado ao estresse crônico devido ao ruído produzido pelo animal.
Além da questão da saúde, o barulho também pode afetar o mercado imobiliário. Uma situação semelhante aconteceu no Havaí, onde pererecas da espécie Eleutherodactylus coqui, parecidas com as pererecas-assobiadoras, causaram perdas econômicas para comerciantes locais e hotéis devido ao coro noturno, além de diminuir o valor de casas no mercado imobiliário.