Como é o passo a passo da ciência de perfuração na Amazônia

Amostras coletadas serão analisadas para revelar detalhes sobre a origem e a evolução do bioma

6 nov 2023 - 12h10
(atualizado às 12h25)
Como é o passo a passo da ciência de perfuração na Amazônia
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Uma perfuração de subsolo na Amazônia para fins científicos está acontecendo desde junho no município de Rodrigues Alves, no Acre. Os integrantes do Projeto de Perfuração Transamazônica, composto sobretudo por pesquisadores da Universidade de São Paulo, pretendem alcançar 2000 metros de profundidade em rochas e sedimentos para coletar testemunhos, que são amostras cilíndricas, da era Cenozoica. O período geológico abrange os últimos 66 milhões de anos. 

A equipe perfurou até agora cerca de 900 metros coletando testemunhos (amostras). E o que acontece com cada amostra após ela ser retirada do subsolo amazônico e chegar à superfície? No vídeo, confira o passo a passo do procedimento científico.

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O objetivo do projeto é compreender a origem e a evolução da biodiversidade da Amazônia e os impactos das mudanças climáticas a partir da análise dessas amostras, que contém microfósseis, microorganismos e outros elementos que vão revelar a história da Amazônia. 

Um dos objetivos do projeto inédito é responder questões urgentes para a humanidade sobre as mudanças climáticas
Um dos objetivos do projeto inédito é responder questões urgentes para a humanidade sobre as mudanças climáticas
Foto: Isaac Salém, gerente do projeto TADP

“Os sedimentos acumulados ao longo do tempo estão organizados em camadas, que funcionam como um arquivo do passado da Amazônia”, explica o pesquisador André Sawakuchi, do Instituto de Geociências da USP. “Esses sedimentos são detritos produzidos pelo intemperismo das rochas e transportados pelos rios até as bacias sedimentares, depressões onde os sedimentos são acumulados e transformados em rochas sedimentares ao longo do tempo. Eles guardam informações sobre o clima da América do Sul no passado, das antigas florestas, das montanhas e dos rios que existiram na Amazônia”.

Fonte: Redação Planeta
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