O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) identificou na tarde desta segunda-feira, 29, um tremor de terra na cidade de Barueri, na região metropolitana de São Paulo. O abalo sísmico, conforme o órgão, foi de 2.4, e registrado às 13h41. De acordo com a Rede Sismográfica Brasileira, o tremor foi sentido pela população de várias regiões, incluindo Osasco, Carapicuíba e o bairro de Pinheiros, na zona oeste da capital.
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Os dados indicam se tratar de um tremor natural, mas, de acordo com a universidade, a possibilidade de o evento ter sido provocado por "atividades de mineração de pedreiras ou indústrias de cimento" da região não está descartada.
A Defesa Civil do Estado diz que é "muito pouco provável" que o sismo registrado em Barueri "venha ocasionar problemas maiores". Tremores de magnitude entre 2 e 3 acontecem com frequência semanal, segundo o órgão, e costumam passar de forma imperceptível pelas pessoas.
"Os tremores naturais, em sua grande maioria, se devem a grandes pressões geológicas atuando na crosta terrestre. O tremor que as pessoas sentem é resultado de uma movimentação repentina em alguma falha ou fratura, que 'escorrega' por causa das pressões geológicas", explicou a Defesa Civil, que informou que continuará acompanhando o caso.
Tremor em São Paulo
Na noite do último dia 18, cidades do Estado de São Paulo sentiram um tremor de terra associado a uma terremoto de magnitude 7.3, registrado o na cidade de San Pedro de Atacama, na província de Antofagasta, no norte do Chile, e próximo da fronteira com Argentina e Bolívia. A cidade fica a cerca de 2,7 mil quilômetros da capital paulista.
Na ocasião, moradores relataram para a reportagem que chegaram a pensar que o prédio fosse cair. Um edifício da Vila Bertioga, na zona leste, teve de ser inteiramente evacuado pelo Corpo de Bombeiros.
Segundo especialistas, a percepção do tremor originado de um sismo tão distante é raro, mas não impossível. O Brasil fica localizado bem no meio de uma placa tectônica, o que contribui para o País não registrar terremotos. Porém, por estar na mesma bacia sedimentar que o Chile, foi possível sentir os reflexos do abalo em território brasileiro.