A poluição do ar é responsável por cerca de 7 milhões de mortes prematuras por ano em todo o mundo, com mais de 300 mil ocorrendo na região das Américas, de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A organização coletou um grande volume de evidências para demonstrar que os impactos da poluição atmosférica na saúde humana são tão graves quanto os associados ao tabagismo e a dietas não-saudáveis.
Os principais poluentes incluem partículas em suspensão (PM), ozônio (O₃), dióxido de nitrogênio (NO₂), dióxido de enxofre (SO₂) e monóxido de carbono (CO).
A exposição prolongada a esses poluentes afeta diversos aspectos da saúde. Nas crianças, por exemplo, a exposição excessiva pode prejudicar o desenvolvimento pulmonar, causar infecções respiratórias e agravar a asma.
Já entre os adultos, as doenças cardíacas e os derrames cerebrais são as principais causas de mortes prematuras atribuídas à poluição do ar. A OMS destaca ainda evidências de que esses poluentes podem estar relacionados ao surgimento de doenças neurodegenerativas e diabetes.
“A poluição do ar representa muitos riscos, causando uma série de problemas agudos e crônicos, como doenças respiratórias como a asma e a enfisema, doenças cardiovasculares como o AVC e, principalmente, efeitos negativos no sistema fisiológico e na saúde infantil, que podem ter o desenvolvimento pulmonar prejudicado e problemas de crescimento”, explica a coordenadora do curso de Enfermagem da Universidade Anhanguera, Patrícia Januária, em aspas enviadas ao Terra.
De acordo com a agência, das 7 milhões de mortes anualmente causadas pela poluição atmosférica, mais de 2 milhões estão concentradas no sudeste da Ásia. A região é seguida pelo Pacífico Ocidental (mais de 2 milhões), a África (1 milhão), o Mediterrâneo Oriental (500 mil), a Europa (500 mil) e as Américas (mais de 300 mil).
Também segundo a OMS, a poluição e as alterações no clima impulsionadas pelas atividades humanas representam, juntas, as maiores ameaças ambientais à saúde humana.
Para a especialista, é essencial que políticas públicas sejam feitas para combater os efeitos da poluição. “Melhorar a qualidade do ar traz benefícios não só à saúde das populações, mas também ao combate global às mudanças climáticas", finaliza.