Queimadas pelo país estão impactando demanda por serviços de saúde, diz ministra

Satélites detectaram 38.266 focos de incêndio na Amazônia em agosto, mais que o dobro do ano anterior e o maior número para o mês desde 2010

9 set 2024 - 12h20
(atualizado às 12h36)
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, apresenta novo programa em evento no Palácio do Planalto, ao lado do presidente Lula
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, apresenta novo programa em evento no Palácio do Planalto, ao lado do presidente Lula
Foto: Wilton Júnior/Estadão / Estadão

A onda de queimadas no país tem gerado impacto na demanda sobre os serviços de saúde pública, disse nesta segunda-feira a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que lembrou que esses eventos estão ocorrendo em um período do ano em que tradicionalmente já são registrados mais casos de doenças e síndromes respiratórias.

"Há um impacto forte (das queimadas) no sistema de saúde, nas unidades de saúde, uma maior procura", disse ela a jornalistas em evento do G20 sobre instituições nacionais de saúde realizado no Rio de Janeiro.

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"É uma preocupação, não só com os efeitos de curto prazo, mas também os efeitos de médio prazo na saúde das pessoas", acrescentou.

Em agosto deste ano, o número de focos de incêndio na área brasileira da floresta amazônica bateu recorde ao atingir o maior nível desde 2010, mostraram dados do governo federal.

Satélites detectaram 38.266 focos de incêndio na Amazônia em agosto, mais que o dobro do ano anterior e o maior número para o mês desde 2010, segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Além disso, outros locais do país -- como o Pantanal, regiões do interior do Estado de São Paulo e outras áreas do Centro-Oeste como a capital Brasília -- também têm sido castigados por queimadas.

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Nísia ressaltou que a procura pela rede de saúde por causa de problemas respiratórios é maior especialmente entre as crianças e os idosos.

"A nossa grande preocupação é com idosos e crianças em função dos problemas respiratórios", disse. "Até o momento é uma situação preocupante. Muitas pessoas sofrem, quem tem quadros alérgicos mais ainda. É motivo de grande atenção, mas estamos reforçando nosso apoio para esse momento que, em geral, é de síndromes respirarias agudas graves nessa época do ano."

A ministra descartou o risco de falta de leitos para atender a população. Ela disse ainda que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) está de prontidão para ajudar Estados e municípios.

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