Um simpático robô, não muito grande, aparentemente simples - mas, não se engane -, ele possui uma capacidade muito além da humana e pode ajudar na luta contra os impactos ambientais que nossa própria espécie causou - e ainda causa - em nosso planeta.
Essa é a ideia do YuMi, um robô da ABB Robótica que, juntamente com a ONG Junglekeepers, está auxiliando na missão de proteger 55.000 acres de floresta amazônica no Peru. Segundo a empresa, a máquina colaborativa está automatizando tarefas de plantio, acelerando o processo e permitindo que voluntários concentrem tempo e recurso em outros trabalhos.
Um dos destaques da Feira do Empreendedor 2023 Sebrae, o YuMi foi disposto com outra função - a de servir um cafézinho para os visitantes - mas ele pode assumir muitas outras funções, a depender de sua programação.
"Esse é um robô colaborativo, então, ele foi fabricado para trabalhar do lado de pessoas; ele não machuca se alguém encostar nele, já que possui almofadas de proteção antistática. Portanto, foi feito para trabalhar do lado de pessoas", explica Gustavo Benicio, engenheiro de campo da ABB Brasil, ao Terra.
"Uma iniciativa da equipe da ABB da Suécia, junto com uma associação dos Estados Unidos de reflorestamento da Amazônia [Junglekeepers], uniram forças em prol do reflorestamento da Amazônia".
Segundo a empresa, o YuMi permite que os Junglekeepers replantem uma área do tamanho de dois campos de futebol todos os dias em zonas que requerem reflorestamento. Como um campo de futebol equivale a pouco mais de um hectare, o robô consegue preencher 10 mil hectares em um período de seis semanas.
"A ABB ofereceu o robô e a equipe sueca faz toda a comunicação via internet com eles", pontuou. "Todos os comandos do robô são feitos lá da Suécia. Então, toda a programação, os movimentos que o robô vai fazer, é tudo feito via Suécia e só precisa de uma pessoa, que não precisa ser capacitada, só para ligar o robô, dar o pontapé inicial ali, digamos assim, e dali para frente ele trabalha sozinho".
A máquina também é sustentável, já que é carregada por energia solar, e tem um preço que vai variar de acordo com seu projeto, sua programação, seus opcionais, por exemplo. O modelo utilizado na Amazônia, um robô de dois braços, sai aproximadamente R$ 200 mil, o que também pode variar de acordo com o valor do câmbio (em euro) e também do contrato.