Saiba quem são os presos suspeitos de envolvimento em incêndios no interior de SP

Em três dias, cinco pessoas foram detidas, apontadas por envolvimento em incêndio criminoso

27 ago 2024 - 14h11
(atualizado às 14h26)
Incêndio em plantação de cana de açúcar em Dumont (SP) 24/08/2024
Incêndio em plantação de cana de açúcar em Dumont (SP) 24/08/2024
Foto: REUTERS/Joel Silva

Cinco pessoas foram presas no interior de São Paulo, suspeitas de participação em uma série de incêndios criminosos que devastaram regiões de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. Uma delas foi liberada após ser ouvida pela polícia.

No município de Batatais, duas prisões aconteceram entre domingo, 25, e a segunda-feira, 26. Os criminosos são homens de 42 e 27 anos, e um deles teve a identidade revelada.

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Nesta terça-feira, 27, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) contabilizava quatro prisões no total. 

Segundo o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), um dos presos em Ribeirão Preto se identificou como um integrante da organização criminosa PCC, e isso será investigado.

No sábado, 24, um idoso de 76 anos foi detido em Rio Preto. Na segunda-feira, 26, um homem de 26 anos foi preso em flagrante na área rural de Guaraci. O crime ocorreu na quarta-feira, 21, e o caso foi registrado na Delegacia de Barretos.

Os principais suspeitos são:

  • Idoso de 76 anos, preso no sábado, em São José do Rio Preto
  • Mecânico de 42 anos, preso no domingo, em Batatais
  • Homem de 27 anos, preso na segunda-feira, em Batatais
  • Homem de 26 anos, preso na segunda-feira, em Guaraci
  • Homem de 44 anos, preso na segunda-feira, em São José do Rio Preto

Prisões

O primeiro preso foi o idoso de 76 anos, no sábado, que foi detido por atear fogo em lixo em uma área no Jardim Maracanã, em Rio Preto. Ele foi abordado depois de uma denúncia feita por uma moradora, que conseguiu apagar o fogo com um balde d’água. Ela disse que foi xingada pelo idoso. Depois de ser ouvido pela polícia, ele foi liberado.

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No domingo, 25, o mecânico Alessandro Arantes, de 42 anos, foi visto pela polícia quando estava ateando fogo em uma área de mata, próxima ao centro de Batatais. A denúncia foi anônima. Ele já tinha passagens por roubo e homicídio, e teve prisão temporária convertida em prisão preventiva. Com ele, a polícia apreendeu uma garrafa com gasolina, um isqueiro e um celular. Em vídeos encontrados no aparelho, ele comemorava incêndios de grandes proporções na região.

Na segunda-feira, 26, outras três pessoas suspeitas foram presas. Em Batatais, um homem de 27 anos foi encontrado pela polícia após denúncia anônima de início de fogo em um terreno próximo a uma área de preservação permanente. Ele estava com uma mochila levando isqueiro, tesoura e caixa de fósforos.

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Em Guaraci, um homem de 26 anos foi preso em flagrante suspeito de atear fogo em um canavial. A polícia foi acionada por vizinhos que viram o homem colocando fogo em pontos diferentes da plantação, causando um incêndio na área rural. Ele tentou fugir da polícia, mas acabou sendo preso. Com ele, foram encontrados dois isqueiros.

Também na segunda-feira, um homem de 44 anos foi preso por suspeita de atear fogo em um terreno em São José do Rio Preto. O crime aconteceu na sexta-feira, 23, e ele foi filmado por uma câmera de segurança. Ele confessou o crime, alegando ter jogado uma bituca de cigarro na área atingida, sem intenção de provocar incêndio.

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Incêndios em SP

Cidades do interior do estado de São Paulo enfrentaram uma série de incêndios que começou na quinta-feira, 22, e continuou até domingo, 25. Uma das regiões mais atingidas fica em Ribeirão Preto, onde casas precisaram ser evacuadas, rodovias foram bloqueadas e escolas precisaram cancelar as aulas.

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As condições do ar ficaram insalubres para a respiração, devido à extrema poluição causada pela fumaça. 

Os incêndios causaram também mortes de pessoas que tentaram combater as chamas em Urupês. Voos precisaram ser cancelados.

Ao todo, 50 cidades do estado tiveram alerta de risco. O governo estadual confirmou que irá manter o gabinete de crise instalado em Ribeirão Preto para ações de combate às queimadas.

Fonte: Redação Terra
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