Um dos cartões postais do Norte do Brasil, o Canal do Jari foi uma das vítimas da estiagem que assola o Pará. Em uma enseada do Rio Tapajós, em Santarém, o lago secou e as vitórias-régias, que caracterizaram o local, morreram.
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A situação preocupante foi compartilhada por Dulce Oliveira nas redes sociais. “Todas as vitórias-régias mortas, terra partida onde era água. Muito triste essa situação. A gente vê e não há nada que se possa fazer”, desabafou a chefe, que mostrou o estrago no canal.
De acordo com a Defesa Civil de Santarém, o Rio Tapajós marcou nível de apenas 19 centímetros nesta quinta-feira, 10. Para se ter noção do cenário devastador, a cota considerada de alerta é de 2,10 metros.
Segundo o Governo Federal, 21 municípios do Pará estão com a situação de emergência reconhecida por causa da estiagem. Como o rio também serve como meio de transporte e fonte de renda, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, recebeu o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, e determinou a implementação de medidas de assistência humanitária e acesso à água potável na região.
“O maior desafio em Santarém é o isolamento das comunidades. Sem a navegação, que garante a mobilidade das pessoas e o transporte de cargas, serviços essenciais ficam prejudicados. Para enfrentar esse problema, precisamos ofertar motobombas para instalar no rio Amazonas, quilômetros de mangueiras para bombear essa água e reservatórios de caixa d'água, além de montar uma estrutura de veículos”, disse o prefeito de Santarém.
Conforme informou o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, equipes do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) da Defesa Civil Nacional chegaram à cidade nesta quinta para avaliar possíveis ações.
