Ecossexual assumido, Sérgio Marone, de 42 anos, é engajado com a causa sustentável de tal maneira que, recentemente, lançou uma marca de produtos dermocosméticos clean beauty [beleza limpa, na tradução livre]. A Tukano nasceu desse desejo de conscientizar a sociedade por meio de escolhas diárias mais conscientes e que fazem bem para o planeta, principalmente na hora de comprar.
“Eu acredito muito no poder do consumo, acredito muito no poder do consumidor e acredito muito que a gente pode, através disso, conscientizar a população, as pessoas a fazerem melhores escolhas na hora de comprar um produto, seja um desodorante, seja um shampoo”, explica o ator em entrevista ao Terra.
A marca foi criada por ele, que é ambientalista, há pouco mais de um ano. Todos os produtos são 100% veganos, não desmatam florestas e ecossistemas, além de fazerem testes em animais. Nas fórmulas é possível encontrar ingredientes como colágeno vegano, ácido hialurônico vegano, vitamina E, vitamina C, ginkgo biloba, e manteiga de karité.
Além disso, o e-commerce também é composto por objeto de higiene pessoal, como ecopads, escova de dentes e de cabelo feitas de bambu natural, e necesseria ecológica.
Preocupação com a preservação
Grande parte das embalagens são o mais sustentável possível, e quase não fazem uso de plástico, sempre com preocupação de um futuro melhor para o nosso ecossistema. Os shampoos, condicionadores e o desodorante, por exemplo, são sólidos, o que acarreta na utilização de menos água na produção.
“Estamos preservando um bem precioso para a vida humana no nosso planeta. Por serem sólidos, não precisam de plástico, então as nossas embalagens desses produtos são zero plástico”, afirma Marone. “Justamente por isso, a embalagem do desodorante da marca custa, no mínimo, cinco vezes mais do que a embalagem de plástico, mas o investimento vale a pena, porque a causa está à frente do lucro.”
Para ele, o objetivo da startup é gerar transformação na vida das pessoas, e por isso, a linguagem de marketing é voltada para que a sociedade enxergue que é preciso estar conectado com a natureza, pois somos parte dela.
“Nós somos a natureza, temos que nos salvar. Se continuarmos do jeito que fazemos há tantos milhares de anos, vamos ser expurgados desse planeta, demitidos da função de zelador desse paraíso”, aponta.
Amazônia
Embora a empresa ainda seja pequena, Marone afirma que o próximo passo é buscar óleos da Amazônia, junto a comunidades que vivem dessa extração, a fim de empoderá-las. A Tukano já está nesse processo de estudo para viabilizar esse tipo de trabalho junto aos nativo daquela região.
“Trazer esses produtos, esses ingredientes da floresta de uma forma consciente e responsável, mantendo a floresta em pé e, ao mesmo tempo, fazendo isso gerar renda para as comunidades locais. Eu acho que o importante é gerar transformação, seja ela social ou ambiental. Nada é mais importante que o meio ambiente”, finaliza.