A perda do médico Leandro Medice, de 41 anos, abalou a família e deixou saudades. Ele foi encontrado morto em um abrigo em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, onde estava para prestar ajuda humanitária às vítimas das enchentes que afetam o estado. A sobrinha dele, a nutricionista Amanda Medice, publicou nas redes sociais uma carta para o tio e padrinho em que expõe o sentimento da perda.
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Amanda conta que tinha o tio como um pai, e relatou a dificuldade de acreditar na morte dele. Nas redes sociais, o relato comoveu conhecidos e seguidores.
O médico saiu do Espírito Santo rumo ao Rio Grande do Sul no domingo, 12, e foi achado morto na segunda-feira, 13. A suspeita é que ele tenha sofrido um mal súbito.
Amanda contou em sua carta que Leandro tinha planos para o trabalho, e que os dois tinham combinado de almoçar juntos nos próximos dias. Leia a seguir.
“Carta aberta para o meu dindo:
Morrer é ridículo.
Você combinou o que iríamos almoçar na semana seguinte, está com planos de reformar sua casa, está preocupado com contas, com várias ideias para o instituto… e do nada, pela manhã, morre. Como assim??? E os e-mails que você não leu? sua toalha molhada no varal? suas roupas para lavar? o instituto para limpar? os pacientes? a nossa família? Você passou mais de 10 anos estudando, se profissionalizando… fez fisioterapia, medicina, se especializou em cardiologia, intensivista, transplante capilar… De uma hora pra outra, tudo termina num infarto no meio da tragédia que você foi ajudar no Rio Grande do Sul.
Morrer é uma loucura. Te obrigada a sair da festa na melhor hora, sem se despedir de ninguém, sem ter um último abraço ou um último “te amo”. Dindo, meu amor, éramos tão iguais e nunca me imaginei escrevendo isso para você… para sempre serei sua filha, sua cópia!
Eu te amo além da vida,
com amor,
sua filha do coração,
Amanda.”
Entenda o caso
Querido por familiares, amigos e pacientes, o médico cardiologista Leandro Medice, de 41 anos, não tinha histórico de doenças, mas morreu inesperadamente enquanto estava em um abrigo no Rio Grande do Sul como voluntário para ajudar as vítimas da tragédia que afeta o estado. Na manhã desta segunda-feira, 13, ele foi encontrado sem vida no abrigo de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. A suspeita é que ele tenha sofrido um mal súbito.
Segundo o marido do médico, João Paulo Martins, com quem era casado há seis anos, Leandro era uma pessoa saudável e que se cuidava. Nas redes sociais, os dois compartilhavam diversas fotos de viagens e passeios que faziam juntos.
Antes de embarcar para o Rio Grande do Sul, Leandro compartilhou um vídeo na madrugada de domingo, 12, em que diz que essa era sua primeira missão humanitária.
O Terra questionou a Prefeitura de São Leopoldo sobre o caso e tenta contato com familiares do médico. O espaço continua aberto para posicionamento.