Autoridades de vários Estados do sudeste dos Estados Unidos enfrentam neste sábado a hercúlea tarefa de limpar os estragos causados pelo furacão Helene, um dos mais poderosos a atingir o país, e com o número de mortos ainda subindo.
Pelo menos 47 mortes já tinham sido confirmadas até a manhã deste sábado, e autoridades temem que haja mais corpos a serem descobertos.
Rebaixado no fim de sexta-feira para um ciclone tropical, Helene continua produzindo chuvas fortes em vários Estados, espalhando enchentes perigosas, que ameaçam romper represas, algo que poderia inundar cidades inteiras.
No condado de Pinellas, perto de Tampa, na Flórida, o xerife Bob Gualtieri afirmou nunca ter visto destruição como a causada pelo Helene.
"Eu descreveria isso, tendo estado as últimas horas lá, como uma zona de guerra", disse.
Ao meio-dia, no horário de Brasília, o que restou da tempestade estava 235 quilômetros a sudoeste de Louisville, no Kentucky.
Cientistas dizem que as mudanças climáticas contribuem para alimentar furacões mais fortes e destrutivos.
Antes de se mover da Geórgia a caminho do Tennessee e das Carolinas do Sul e do Norte, Helene atingiu a região de Big Band, na Flórida, como um poderoso furacão categoria 4, no começo da sexta-feira, com ventos de 225 quilômetros por hora. A tempestade deixou para trás barcos virados, árvores caídas, carros submersos e ruas inundadas.
Policiais e bombeiros realizaram milhares de resgates aquáticos nos Estados afetados na sexta-feira.
Mais de 50 pessoas estavam ilhadas no teto de um hospital no condado de Unicoi, no Tennessee. Autoridades do Estado afirmaram que elas foram resgatadas.
Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, adicionou o Tennessee na longa lista de Estados sob declaração de emergência, que libera recursos federais e outras ajudas para a recuperação local.