Apesar da proibição do governo de haver queimadas na Amazônia, os focos de incêndio continuam acontecendo, como mostram as imagens de satélite geradas pelo Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No primeiro dia de setembro, houve o registro de 980 focos na região.
Em agosto, o número de focos de incêndio na Amazônia foi quase o triplo do registrado no ano passado. Foram 30.901 focos de incêndio até este sábado, 31, ante 10.421 em agosto do ano passado - alta de 196%. O total de focos também supera a média histórica para o mês, de 25.853, para o período entre 1998 e 2018. É ainda o mais alto desde agosto de 2010 - ano de seca histórica severa, que teve 45.018 focos.
Historicamente, porém, é o mês de setembro que costuma ser o de mais registros de fogo para a região. No ano passado, por exemplo, o números de focos saltou para 24.803 no nono mês de 2018. Observando os dados desde 2005, todos os meses de setembro tiveram mais focos do que agosto. Exceto em 2010, que já tinha queimado fortemente em agosto, viu uma pequena queda em setembro - ainda assim foram 43.933 focos.
Confira o número de focos de queimadas na Amazônia nos meses de agosto e setembro desde 2005
Ano | Agosto | Setembro |
2005 | 63.764 | 68.560 |
2006 | 34.208 | 51.028 |
2007 | 46.385 | 73.141 |
2008 | 21.445 | 26.469 |
2009 | 9.732 | 20.527 |
2010 | 45.018 | 43.933 |
2011 | 8.002 | 16.987 |
2012 | 20.687 | 24.067 |
2013 | 9.444 | 16.786 |
2014 | 20.113 | 20.522 |
2015 | 20.471 | 29.326 |
2016 | 18.340 | 20.460 |
2017 | 21.244 | 36.569 |
2018 | 10.421 | 24.803 |
2019 | 30.901 |