A Copa do Mundo será responsável pela emissão de 1,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), uma das principais causas do efeito estufa, segundo cálculos oficiais divulgados nesta terça-feira.
As emissões serão produzidas pelo número elevado de aviões e automóveis em circulação, pelo aumento dos gastos energéticos e outros fatores diversos, explicou em entrevista coletiva a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
A ministra detalhou, no entanto, que todas essas emissões já foram compensadas no mercado de créditos de carbono, um mecanismo previsto no Protocolo de Kioto para minimizar as causas do efeito estufa e do aquecimento global.
É com esse mecanismo que países industrializados e empresas financiam projetos para reduzir as emissões de poluentes nos países mais pobres, em troca de créditos que são utilizados para cumprir suas próprias metas ambientais.
Dessa forma, Izabella garantiu que a Copa "está 100% mitigada das emissões diretas", e acrescentou que esta é a primeira vez essa meta é alcançada em competições organizadas pela Fifa.
As ações favoráveis à preservação do meio ambiente durante o Mundial serão complementadas com o "Passaporte Verde", uma iniciativa apresentada pelo governo no ano passado no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Trata-se de um programa que tem como objetivo mostrar aos turistas que eles também podem contribuir durante suas viagens para a conservação do meio ambiente e para melhorar a qualidade de vida das pessoas nos lugares visitados.
Nesse sentido, os turistas que vêm para o Mundial receberão informações sobre formas de consumo sustentável e regras de respeito à natureza, às tradições e aos valores socioculturais.
Os turistas que forem aos jogos também serão orientados pelos voluntários do evento a cuidar da separação de resíduos, um projeto que contará com a participação de diversas cooperativas de reciclagem.