O governo do Mato Grosso do Sul avalia decretar emergência em alguns municípios do Pantanal para facilitar as ações de combate aos incêndios florestais. Conforme o secretário do Meio Ambiente, Jaime Verruck, a previsão meteorológica para o segundo semestre mostra que o volume de chuvas no Estado nos meses de julho, agosto e setembro será de 40% a 50% abaixo do que é esperado para o período.
"Temos uma anomalia climática presente e isso facilitaria a mobilização dos recursos para prevenir e enfrentar o fogo", disse. Segundo ele, o governo do Estado investiu R$ 56,6 milhões em veículos e equipamentos para fazer frente à nova temporada de queimadas.
O objetivo é evitar que os incêndios se tornem descontrolados, como aconteceu em 2020, quando uma parcela expressiva do Pantanal foi carbonizada. "Estamos preparados para esse período mais crítico de incêndios florestais, pois temos uma integração de todas as forças e recursos materiais para o combate, além de mais pessoal treinado", disse.
Em abril, o governo criou um centro operacional para coordenar as ações previstas no plano estadual de manejo integrado do fogo. Verruck é o coordenador desse centro, que agrega o Corpo de Bombeiros Militares, Defesa Civil e outras secretarias de governo. "Avançamos muito no planejamento de ações preventivas para evitar que o fogo comece", disse.
Segundo ele, a previsão meteorológica para o segundo semestre mostra que o volume de chuvas em Mato Grosso do Sul nos meses de julho, agosto e setembro será de 40% a 50% abaixo do que é esperado para o período. "Estamos preparados para esse período mais crítico de incêndios florestais, pois temos uma integração de todas as forças e recursos materiais para o combate, além de mais pessoal treinado", disse.
Nos dez primeiros dias deste mês, foram detectados 270 focos de incêndio no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, segundo levantamento do Instituto SOS Pantanal. "O número indica que a temporada de incêndios já está em curso e o alerta é máximo. Porém, apesar de termos um inverno mais seco, vemos um número significativamente menor de área consumida pelo fogo este ano, comparado a 2020", disse.
Conforme os dados, de 1º de janeiro a 10 de julho de 2020, os incêndios queimaram 800 mil hectares no Pantanal. No mesmo período deste ano, as chamas consumiram 62.025 hectares, uma redução de 92%. O SOS Pantanal acredita que as ações preventivas têm ajudado a manter os incêndios mais controlados. Durante todo o mês de junho, a Expedição Pantanal realizada pelo instituto capacitou e equipou 219 pessoas em 19 fazendas e 11 comunidades para prevenção e combate aos focos.
Foram formadas 12 turmas de brigadistas. "Este ano, serão quase 400 mil hectares abrangidos pela ação das brigadas rurais, entre os municípios de Aquidauana e Miranda, no Mato Grosso do Sul, Chapada dos Guimarães, Barão de Melgaço, Nossa Senhora do Livramento e Poconé, em Mato Grosso", informou. O projeto tem apoio do Corpo de Bombeiros, Ibama e Serviço Florestal Americano, além dos movimentos 'Artistas pelo Pantanal' e 'O Pantanal Chama'. A Fundação Toyota e a Azul Linhas Aéreas colaboraram com a mobilidade aérea e por terra da expedição.