Japão importa 2.000 toneladas de carne de baleia da Islândia

9 mai 2014 - 10h50

Grupos ecologistas criticaram nesta sexta-feira o Japão, acusando o país de desafiar a opinião pública mundial depois que este país importou 2.000 toneladas de carne de baleia congelada da Islândia.

O carregamento de carne de baleia foi descarregado na quinta-feira do barco no qual havia viajado da Islândia à cidade portuária de Osaka (oeste), declarou Junichi Sato, membro do Greenpeace Japão.

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O barco havia zarpado da Islândia em março carregado com o equivalente a quase todas as importações deste país do norte da Europa nos últimos seis anos, segundo grupos ecologistas e informações de imprensa.

Um funcionário do porto de Osaka confirmou a chegada do barco. "O cargueiro 'Alma' chegou no dia 7 de maio e fomos informados de que transportava carne de baleia para descarregar em Osaka", declarou à AFP.

O Greenpeace declarou-se surpreso pelo tamanho do carregamento.

"Não entendemos por que o Japão teve que importar tal quantidade de carne de baleia", disse Sato, informando que representava quase dois terços do consumo anual do país.

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"Seja como for, nos opomos a estes carregamentos", disse.

Islândia e Noruega são os dois únicos países que não respeitam abertamente uma moratória sobre a comercialização da baleia que data de 1986.

A Islândia consome pouca carne de baleia, mas alimenta o mercado japonês, que também declina há alguns anos.

No dia 31 de março, o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), o órgão judicial supremo das Nações Unidas, ordenou ao Japão o fim da caça às baleias no oceano Antártico.

Com seu veredicto, a CIJ deu razão à Austrália, que recorreu ao tribunal em 2010 afirmando que o Japão praticava a caça às baleias com objetivos comerciais, sob o pretexto de um programa de pesquisa científica.

Tóquio anunciou quase imediatamente sua intenção de acatar a decisão e cancelou a campanha 2014-2015 prevista no Ártico. No dia 18 de abril informou que revisaria seu programa de pesca científica para que fosse apresentado à Comissão Baleeira Internacional (CBI) no próximo outono.

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