Mau tempo obriga o Solar Impulse 2 a pousar no Japão

1 jun 2015 - 10h49

Um aeroporto de Nagoya, centro do Japão, se prepara para receber nesta segunda-feira o revolucionário avião Solar Impulse 2, que decolou da China com destino ao Pacífico, mas se viu obrigado a interromper o voo até o Havaí em consequência das condições meteorológicas ruins.

Movida a energia solar, a aeronave deve pousar em Nagoya às 23H00 locais (11H00 de Brasília), segundo o site do programa Solar Impulse.

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"A caminho de Nagoya, decepcionado por não poder prosseguir, mas repleto de agradecimento às autoridades japonesas por seu apoio" escreveu no Twitter o piloto do avião, o suíço André Borschberg.

"As condições meteorológicas pioraram. Decidimos fazer um pouso intermediário em Nagoya", anunciaram mais cedo no Twitter os organizadores da expedição.

O pouso foi confirmado por Bertrand Piccard, o segundo piloto do avião, que se alterna com Borschberg no comando da aeronave.

"Vamos esperar condições melhores para seguir a viagem", disse Piccard.

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As condições climáticas ruins foram identificadas a mulhares de quilômetros da posição atual do avião.

O contratempo não parece ter desmotivado Borschberg.

"Estou na melhor situação possível: tenho um avião fantástico e repleto de energia" tuitou o piloto de 62 anos.

O Solar Impulse 2 decolou no domingo às 2H40 (15H40 de Brasília, sábado) de Nankin (leste da China) para a etapa mais perigosa de sua volta ao mundo, na qual o suíço deveria pilotar de modo solitário por seis dias e seis noites.

O avião decolou em 9 de março em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) e até o momento fez escalas em Omã, Índia, Mianmar e China.

A aventura deve durar, a princípio, cinco meses, com 25 dias de voo efetivo, antes do retorno a Abu Dhabi.

De acordo com Piccard "é muito difícil fazer previsões" e não é possível saber quanto tempo o Solar Impulse ficará parado no Japão.

"Seria muito perigoso querer atravessar a frente nublada", disse.

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O Solar Impulse 2 nunca sobrevoou um oceano ou permaneceu no ar por mas de 24 horas, o que torna esta travessia do Pacífico de 8.500 km um desafio tecnológico e uma façanha histórica para a aviação.

O voo para o Havaí deve durar quase 130 horas, um recorde para um piloto sozinho no comando da aeronave.

Borschberg pode dormir durante breves períodos, de 20 minutos no máximo.

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