Mourão defende novo modelo de desenvolvimento para Amazônia

Vice-presidente tem sido cobrado por uma posição mais firme do governo federal no combate às queimadas e ao desmatamento

31 ago 2020 - 10h13
(atualizado às 10h43)

O vice-presidente e coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, defendeu um novo modelo de desenvolvimento para a região amazônica que seja baseado em pesquisa e inovação. Mourão tem sido cobrado por uma posição mais firme do governo federal no combate às queimadas e ao desmatamento.

Chegada do Vice-Presidente da República Hamilton Mourão, no Palácio do Planalto em Brasília (DF), na manhã desta sexta-feira (14)
Chegada do Vice-Presidente da República Hamilton Mourão, no Palácio do Planalto em Brasília (DF), na manhã desta sexta-feira (14)
Foto: Cláudio Marques / Futura Press

Na última semana, o Ministério do Meio Ambiente anunciou que iria suspender ações de combate ao desmatamento e queimadas florestais a partir desta segunda-feira, 31, por falta de verbas.

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No entanto, na última sexta, 28, o governou recuou da decisão. Menos de três horas após o anúncio, o ministro Ricardo Salles informou que os recursos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes (ICMbio), que cuida de unidades de conservação, não seriam mais bloqueados este ano.

Em evento promovido pela TV BandNews, Mourão disse que o Brasil está comprometido com a sustentabilidade e a superação do modelo extrativista predatório na Amazônia. "Somos um País sustentável, temos todas as características disso, não somos predadores", afirmou.

Segundo Mourão a região enfrenta uma série de problemas, entre eles: os ilícitos ambientais, o baixo desenvolvimento socioeconômico, a regularização fundiária, a infraestrutura deficiente, entre outros. "Falta água no mundo, 20% da água doce do mundo está na Amazônia", disse. "Nós vamos vender água. Temos de nos preparar para isso. Os empresários têm de começar a olhar isso".

Relações internacionais

Mourão disse ser necessário também resgatar a vocação econômico-comercial do Mercosul. "Nesse contexto de acirramento das tensões de disputa entre grandes potências qual a visão do Brasil? O pragmatismo e a flexibilidade", disse.

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