Temporal afeta meio milhão de pessoas no RS; governo faz alerta de 'inundação severa'

A Defesa Civil confirmou a morte de 55 pessoas em decorrência dos temporais; sete óbitos estão em investigação

4 mai 2024 - 20h05
(atualizado em 5/5/2024 às 01h46)
Vista aérea de Canoas neste sábado, 4, no Rio Grande do Sul
Vista aérea de Canoas neste sábado, 4, no Rio Grande do Sul
Foto: Reprodução/REUTERS/Renan Mattos

Mais de meio milhão de pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas que atingem o Estado do Rio Grande do Sul. Neste sábado, 4, em boletim atualizado, a Defesa Civil confirmou a morte de 55 pessoas em decorrência dos temporais. Outros sete óbitos continuam em investigação. No momento, são contabilizados 107 feridos e 74 desaparecidos.

Às 22h40, o governo do Estado atualizou que, até o início da noite, a Brigada Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros Militar tinham resgatado 17.965 pessoas e 3.251 animais. 

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"As forças integradas de resposta deram sequência às operações de resgate neste sábado, 4, com atenção especial às cidades de Eldorado do Sul, Canoas, Porto Alegre (região das Ilhas) e São Leopoldo, que concentraram um número elevado de pessoas ilhadas após o aumento no nível dos rios da Região Metropolitana de Porto Alegre", complementou, por nota.

Até este sábado, a Secretaria de Saúde do Estado recebeu o cadastro de 7 mil profissionais da área da saúde no banco de voluntários. Mais profissionais que desejam auxiliar os municípios gaúchos no atendimento em hospitais, unidades de pronto atendimento e demais serviços de saúde do Estado devem se cadastrar no site da pasta

Às 19h, a Defesa Civil também emitiu um alerta de inundação severa para a Região Metropolitana. “Evacue imediatamente áreas de risco, busque locais seguros. Procure informações junto à Defesa Civil da sua cidade a respeito de abrigos públicos, rotas de fuga e não atravesse alagamentos a pé ou, mesmo, de carro. Em caso de emergência ligue 190/193”, reforça, em nota.

Ainda segundo as atualizações do Rio Grande do Sul, dos 497 municípios do Estado, pelo menos 317 sofreram alguma consequência das fortes chuvas, que tiveram início no fim de abril. Ao todo, há 67 mil pessoas desalojadas, e cerca de 13 mil estão em abrigos. 

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Em relação às estradas, a concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) informou que trechos foram liberados para o trânsito de mercadorias alimentícias e medicamentos, ambulâncias, combustíveis, viaturas policiais, de bombeiros e da Defesa Civil. A movimentação pode ser feita das 8h às 18h -- com exceção do trecho entre São Vendelino e Farroupilha (ERS-122), do km 39 ao 51, que continua totalmente interditado.

A Defesa Civil de RS alterou a forma de divulgação das mortes nesta tarde. Na manhã deste sábado, o boletim oficial informou terem sido contabilizadas 57 mortes. O número 'reduziu' pois, agora, são contabilizados separadamente os óbitos confirmados em decorrência dos temporais e os que seguem em investigação, para que a causa seja determinada.

Confira os detalhes do boletim atualizado na íntegra -- divulgado às 18h:

Municípios afetados: 317

Pessoas em abrigos: 13.324

Desalojados: 69.242

Afetados: 510.585

Feridos: 107

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Desaparecidos: 74

Óbitos confirmados: 55

Óbitos em investigação: 7

Vídeo mostra Mercado Público completamente alagado em Porto Alegre
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Racionamento de água

Em meio a enchentes e ruas bloqueadas, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), pediu que a população racione água a partir deste sábado. Quatro das seis estações de tratamento da cidade estão paradas por causa das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul.

Os municípios continuam em alerta de mais danos, assim como necessidade de orientação para que a população deixe áreas consideradas de risco.

"As bombas, na medida em que o rio está muito alto, não podem continuar funcionando, senão todas elas vão queimar e vai passar muito tempo pra recuperar. Eu quero fazer um apelo que as pessoas façam racionamento muito forte, muito forte na cidade", disse o prefeito, em entrevista à RBS TV.

Mais cedo, um buraco se abriu na Avenida Castelo Branco, no sentido litoral/capital. Com isso, o principal acesso a Porto Alegre está bloqueado. A pista cedeu após a água que passa por baixo da avenida, por uma comporta, levar parte do asfalto.

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Imagens mostram rodoviária de Porto Alegre embaixo d'água
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Fonte: Redação Terra
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