Tragédia no RS: homem mandou áudio se despedindo da família antes de morrer

Carlos Wolfart passou horas agarrado a uma árvore em meio às enchentes que assolam o Estado gaúcho; corpo foi sepultado nesta sexta, 10

10 mai 2024 - 17h46
(atualizado às 18h57)
O corpo de Carlos Wolfart, de 41 anos, foi encontrado na quarta-feira, 8, no interior do RS
O corpo de Carlos Wolfart, de 41 anos, foi encontrado na quarta-feira, 8, no interior do RS
Foto: Reprodução/Reuters

Carlos Wolfart, de 41 anos, conseguiu enviar um áudio para se despedir da família pouco antes de morrer levado pela correnteza do Rio Pardinho, em Sinimbu, no interior do Rio Grande do Sul. Ao menos 116 pessoas morreram, e 337 mil estão desabrigadas em meio às enchentes que assolam o Estado gaúcho.  

Catarinense, Wolfart estava no Rio Grande do Sul para ser padrinho de um casamento quando desapareceu nas águas da maior tragédia climática da região. O catarinense ficou horas ilhado, agarrado a uma árvore, e, segundo o g1, ele chegou a enviar áudio à família para se despedir. 

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O seu corpo foi encontrado em Sinimbu, cerca de 5 km do local onde desapareceu, na quarta-feira, 8. O catarinense foi velado e sepultado nesta sexta-feira, 10, no Cemitério Comunitário de Linha Dourado de Itapiranga, cidade onde vivia.

Ele deixou pais, esposa, irmãos e dois filhos, além de amigos e sobrinhos. 

Desaparecimento e morte

Wolfarft estava em Sinimbu para o casamento do cunhado, Gilberto Eidt, que seria na terça-feira, 30, mas acabou cancelado. Na manhã de terça-feira, ele estava preocupado com as chuvas e o aumento do nível do rio quando ligou para Gilberto. 

Eidt relatou ao ND+ que o cunhado ficou ilhado em questão de minutos. “A cerca de 500 metros do sítio [em que ele estava hospedado] passa um rio, e a água começou a subir tanto que em questão de cinco minutos ele tentou voltar, mas o rio já estava passando pelo lago [que tem no sítio] e ele ficou ilhado”, explicou.

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"Passamos por cinco enchentes de afluentes menores e isso tomou muito tempo, tivemos que cortar árvore para conseguir passar, tinha desmoronamento, foi terrível. Mesmo assim, chegamos ao rio, que era o nosso interesse, e a meta era salvar meu cunhado. Chegamos a estar à deriva por umas três vezes”, detalhou. 

 O catarinense ficou horas ilhado, agarrado a uma árvore, mas não resistiu e foi levado pela correnteza. 

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Fonte: Redação Terra
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