Em meio ao temporal que assola o Rio Grande do Sul, quase 3 mil gaúchos deixaram abrigos nesta quarta-feira, 15. Entre o boletim com atualizações da última terça-feira, 14, e o desta quarta, o número de abrigados passou de 79.494 para 76.580, totalizando 2.914 moradores que deixaram os espaços públicos.
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Às 18h desta quarta, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que o número de óbitos confirmados em decorrência das chuvas permaneceu em 149. Os desaparecimentos, por sua vez, caíram para 108.
O órgão aponta, ainda, que 806 foram registrados como feridos até esta quarta. Ao todo, o Estado também tem 538.126 desalojados e uma população afetada pelo temporal que totaliza 2.144.124 habitantes.
Com relação aos resgates em meio às enchentes e áreas de alagamento, a Defesa Civil informou que brigadistas retiraram 76.588 pessoas e 11.427 animais das regiões afetadas.
Veja os dados completos da atualização da Defesa Civil:
- Municípios afetados: 452
- Pessoas em abrigos: 76.580
- Desalojados: 538.126
- Afetados: 2.144.124
- Feridos: 806
- Desaparecidos: 108
- Óbitos confirmados: 149
- Óbitos em investigação*: 0
- Pessoas resgatadas: 76.588
- Animais resgatados: 11.427
- Efetivo: 27.651
- Viaturas: 4.405
- Aeronaves: 41
- Embarcações: 340
*A Defesa Civil apura se os óbitos têm relação com as enchentes no Estado.
Trégua das chuvas
O nível do rio Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre, marcou 5,19 metros às 11h desta quarta-feira, 15, conforme medição da Agência Nacional de Águas (ANA). De acordo com monitoramento, o nível mostrou uma certa estabilidade em um período de 12 horas.
"A tendência é de manter esse comportamento ao longo do dia devido ao lento escoamento da cheia vinda das bacias contribuintes. Isso significa que o Guaíba se manterá em níveis elevados com prolongamento da cheia durante essa semana", informou a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e a Defesa Civil do Estado.
Às 8h de terça-feira, 14, o Guaíba marcava 5,20 metros e fez com que a água voltasse a atingir as ruas da capital Porto Alegre. O bairro Lami, na Região Sul, foi um dos mais atingidos e precisou ser parcialmente evacuado. Às 15h, o rio registrou nível de 5,23.
No último dia 5, o rio chegou a 5,30 metros, quando o recorde anterior era 4,75 metros, registrado em 1941. Esse pode ser classificado como o maior desastre climático do Rio Grande do Sul na história. A cota de inundação é de 3 metros.
Ainda segundo a Defesa Civil, nas últimas 24 horas, não foram registrados volumes significativos de chuvas no Estado, mas ainda ocorre a propagação das cheias na Região Hidrográfica do Guaíba.
"O rio Jacuí apresenta níveis elevados a partir de Rio Pardo até o delta do rio na confluência com o Guaíba. Enquanto isso, os rios Taquari e Caí estão mostrando uma diminuição significativa em seus níveis ao longo de seus percursos, já saindo das cotas de inundação nas estações à montante da bacia, mas persistindo cheia na foz dos respectivos rios", informou a Defesa Civil.
Já o rio dos Sinos ainda está em elevação e o rio Gravataí segue em lento declínio. Em relação à Lagoa dos Patos, ela continua com níveis elevados e deve ser observado um comportamento de elevação.