Incêndios florestais, que devastam o Havaí desde quarta-feira, 9, deixaram ao menos 36 mortos e destruíram principalmente a cidade turística e histórica de Lahaina, na ilha de Maui. Alguns focos de incêndio ainda persistem no local.
O governador do Estado, o democrata Josh Green, afirmou em entrevista à rede CNN, na noite desta quinta, 10, que o número de mortos deve aumentar "muito significativamente".
"Em 1960, tivemos 61 vítimas quando uma grande onda atravessou a Ilha Grande. Desta vez, é muito provável que nosso total supere essa cifra", disse.
Mais de 11 mil moradores e turistas foram retirados da ilha enquanto ventos provocados pelo furacão Dora, no oceano Pacífico, alimentaram as chamas e dificultaram as ações de mapeamento e de combate ao fogo empreendidas pelos bombeiros. O tornado não atingiu a ilha, passou a cerca de 800 km ao sul, e segue se distanciando a oeste.
As imagens impressionam, quase toda a cidade de cerca de 13 mil habitantes foi atingida pelo fogo. "Foi um inferno total, armagedom", afirmou o morador de Lahaina Tad Craid ao jornal The New York Times, que é dono de um negócio de fotografias para turistas.
A cidade de Lahaina é um dos principais destinos de férias da ilha, recebendo 2 milhões de turistas que buscam resorts, praias, passeios de barco e mergulho.
O local também foi capital do reino do Havaí, no século 19, e abriga museus com objetos históricos anteriores à chegada de missionários cristãos e americanos.