Pra quem não viu: Agentes se enganam e soltam cobra 'matadora' em floresta do Rio

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Um episódio insólito envolvendo agentes da Defesa Civil do Rio de Janeiro ocorreu em 2023 e mostra como a semelhança entre espécies pode resultar em equívocos desastrosos. O FLIPAR mostrou e republica para quem não viu.

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Os agentes não reconheceram uma cobra píton e acharam que se tratava de uma jiboia. Assim, soltaram a fera na Floresta da Tijuca. A denúncia foi feita pelo biólogo Henrique, especializado em cobras. A píton é exótica no Brasil e pode causar desequilíbrio ambiental.

Foto: Reprodução redes sociais

A píton é considerada uma ameaça a outras espécies. E, pra piorar,essa cobra é capaz de se reproduzir sozinha. Esse fenômeno natural se chama partenogênese. É incomum, mas não raro.

Foto: MKFI wikimedia commons

Para quem não é especialista, as cobras se parecem mesmo. Veja na foto. À esquerda, uma jiboia. À direita, uma píton.

Foto: Tod Baker e jeffdelonge wikimedia commons

Em abril de 2022, uma equipe da PM Ambiental do Distrito Federal cometeu o mesmo equívoco: soltou uma píton numa área de Cerrado após confundi-la com jiboia. Especialistas alertaram para o risco da soltura, pois o animal não tem predadores no Brasil.

Foto: reprodução vídeo PM

Em junho de 2022, um outro episódio envolveu uma píton no Brasil. Uma cobra dessa espécie foi encontrada abandonada, dentro de uma sacola, na cidade de Marabá, no Pará.

Foto: reprodução instagram @pedrocalazansluz

O animal foi deixado junto com uma garrafa de cachaça e um bilhete que dizia: "Cuidem bem dela". O veterinário Pedro Calazans postou um vídeo no Instagram.

Foto: reprodução instagram @pedrocalazansluz

Pedro Calazans mostrou o animal e destacou que pessoas, hoje em dia, abandonam animais para que alguém cuide. "As pessoas fazem isso pra se livrar do problema", disse.

Foto: reprodução instagram @pedrocalazansluz

Ele mostrou que a cobra estava com várias marcas de queimaduras pelo corpo. E disse que lavaria o animal para tratar os ferimentos.

Foto: reprodução instagram @pedrocalazansluz

A sacola foi largada em frente ao Parque Zoobotânico de Marabá, um espaço criado em 1997 com 15 recintos para espécies, no km 9 da rodovia BR 155.

Foto: divulgação

Pedro e Sara, que gravaram o vídeo com o animal, disseram que essa espécie não é mansa, embora haja quem cuide de cobras píton como animal de estimação.

Foto: reprodução instagram @pedrocalazansluz

Em 2020, um outra píton havia sido apreendida no entorno do Distrito Federal e levada para o Zoológico de Brasília.

Foto: reprodução TV

As cobras da espécie píton têm duas origens. Podem ser da África, onde se espalham por todo o continente. A do tipo angolana prolifera em Angola e Namíbia. E a píton Real habita diversos países.

Foto: Mokele wikimedia commons

As pítons também têm origem na Ásia e podem ser encontradas por todo o continente, inclusive nos arquipélagos asiáticos.

Foto: MKFI wikimedia commons

Essas cobras não têm dentes inoculadores de veneno, mas possuem presas afiadas curvadas para dentro, para agarrar a presa.

Foto: safaritravelplus wikimedia commons

Existem pítons de vários tamanhos, várias tonalidades e tipos de desenho na pele. Daí a dificuldade para o leigo identificar essa espécie de serpente.

Foto: Sulaimanov Rustam wikimedia commons

As pítons podem ser cobras bem grandes e robustas. Podem medir até 6 metros. de comprimento, dependendo do tipo de serpente e do local onde habita.

Foto: Mariluna wikimedia commons

A fama da píton é tão grande que ela era retratada na Mitologia Grega como uma serpente gigantesca que nasceu no lodo da Terra após o dilúvio. Na ilustração, Apolo mata Píton.

Foto: domínio público

Então fica o alerta. Se vir uma píton por aí (ou qualquer cobra! ) , fuja e acione os bombeiros. Ele vão saber quem chamar, dependendo da cidade e do estado onde você vive.

Foto: Ltshears wikimedia commons

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