Uma onda de vandalismo e saques a supermercados e lojas se espalhou por várias cidades e chegou à capital Buenos Aires.
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Há relatos de roubos coletivos e prisões nas províncias de Córdoba, Mendoza, Neuquén, Rio Negro e na região metropolitana de Buenos Aires.
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De acordo com o ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Sergio Berni, foram registradas ao menos 150 ações coordenadas de saques nas áreas da periferia de argentina.
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A cidade de Moreno, na área da Grande Buenos Aires, registrou ataques em massa a comércio com participação até com crianças.
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A violência nas ruas acirrou os ânimos da disputa eleitoral. No dia 22 de outubro, a Argentina escolherá seu novo presidente.
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Os atos estariam sendo mobilizados por páginas nas redes sociais, segundo o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof.
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Gabriela Cerrutti, porta-voz da presidência, acusou contas na internet ligadas aos candidatos da oposição de incentivarem os saques.
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Os perfis apontados por Cerutti apoiam Javier Millei e Patricia Bullrich, os candidatos da direita com mais votos nas primárias do dia 14 de agosto.
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A versão governista é de que milícias digitais do "A Liberdade Avança", coalização de Milei, atuam para provocar instabilidade os poder central.
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O polêmico Milei, que se autointitula um "anarcocapitalista" e foi o líder em votos nas primárias, fez postagens chamando de trágico o cenário argentino.
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Milei, que defende o fim do Banco Central e a dolarização da economia local, comparou as cenas de selvageria às vistas em 2001.
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"Pobreza e saques são duas caras da mesma moeda. A Argentina não resiste mais a esse modelo empobrecedor", escreveu Millei.
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Bullrich criticou o que considera omissão do presidente Alberto Fernández e sua vice Cristina Kirchner (ex-mandatária do país).
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Os saques são mais uma face da tremenda crise econômica vivida pela Argentina.
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A inflação anual ultrapassa os 100% e o peso só faz derreter em relação ao dólar.
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A desvalorização da moeda fez até brasileiros e uruguaios promoverem excursões apenas para fazer compras na Argentina.
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Sergio Massa, ministro da Economia e candidato situacionista à presidência, anunciou depois das primárias medidas para desbloquear empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI).
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A desvalorização da moeda foi de 22% só nas últimas semanas.
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As estimativas mais pessimistas calculam que a Argentina baterá os 200% de inflação no ano.
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