Presente em todas as regiões do Brasil, a rede de varejo Lojas Marisa sofrerá um impacto significativo no mercado já que foi anunciado o fechamento de 91 unidades da rede.
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Quem divulgou a informação do fechamento das lojas foi João Pinheiro Nogueira Batista, CEO da Marisa Lojas S/A. O executivo já ocupou outros cargos de importância em sua carreira, como diretor financeiro da Petrobras (PETR4), CEO da Evoltz e presidente dos Conselhos de Administração da CODESA.
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De acordo com a parte administrativa da Lojas Marisa, as unidades fechadas são consideradas deficitárias e o fechamento faz parte de um projeto de recuperação financeira da empresa.
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Vale destacar que a Marisa já fechou 25 estabelecimentos entre março e abril deste ano. Em maio, serão encerradas outras 33 unidades enquanto que as outras 33 lojas serão fechadas em junho de 2023.
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A empresa destacou que tem como expectativa uma redução de despesas no valor aproximado de R$ 52 milhões. Esse montante seria alcançado com R$ 32 milhões de uma revisão interna, R$ 10,5 milhões de revisão de atividades e R$ 9 milhões de cargos de gestão.
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A Lojas Marisa acredita que o fechamento dessas lojas consideradas deficitárias terá um incremento de Ebitda de aproximadamente R$ 70 milhões por ano, o que seria muito positivo para o grupo.
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O Ebitda é um indicador financeiro muito utilizado para avaliar empresas que estão no mercado de bolsa de valores. Essa avaliação expressa o lucro de uma companhia antes de ser descontado o que a empresa gastou tanto em impostos como em juros.
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Foram vários os motivos para a varejista chegar nessa situação. Para ter uma ideia, cinco executivos da alta cúpula da empresa renunciaram, isso se considerar apenas os últimos cinco meses.
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Outro ponto foi o público alvo. Focada em clientes da classe média, a empresa não conseguiu inovar tanto nos últimos anos, se viu obrigada a deixar os preços mais acessíveis e, com isso, viu a qualidade dos produtos não ser mais a mesma.
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A pandemia também foi um fator, já que nesse período o impacto foi gigantesco. Em 2020, o prejuízo líquido passou de R$ 400 milhões. Já em 2021, mais de R$ 70 milhões e em 2022 um dano de R$ 200 milhões.
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Balanço do 1º trimestre aponta uma dívida líquida de aproximadamente R$ 461 milhões. Segundo João Pinheiro, o primeiro trimestre da varejista foi positivo mesmo com o cenário macroeconômico adverso por causa das altas taxas de juros.
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A empresa informou que o processo de renegociação de dívidas alcançou 90% dos fornecedores e 65% dos proprietários de imóveis.
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"Nós estamos acompanhando de perto a evolução das iniciativas do governo federal para o setor de varejo no Brasil, que objetivam coibir a concorrência desleal e restabelecer a isonomia tributária", afirmou João Pinheiro.
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Os números mostrados pela empresa revelam que o grupo, mesmo com o fechamento de 14 unidades entre dezembro de 2022 e março de 2023, teve um aumento de 5% no faturamento se considerar apenas lojas físicas.
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Só que essa valorização não aconteceu nas vendas pelo canal digital. A Lojas Marisa enfrentou uma queda significativa de 32,5% no faturamento se comparado o primeiro trimestre de 2023 com o de 2022.
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Também aconteceu uma queda de 12,9% na comparação anual na receita de operação do MBank. Já o CPV, que é o custo de produto vendido, aumentou em aproximadamente 4%.
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