Por que a Copa Feminina foi a maior da história?

Com recordes de audiência e maior participação das mulheres fora de campo, o Mundial registrou feitos inéditos

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Número de paticipantes

O aumento de 24 para 32 seleções, criou a preocupação de que a disparidade de estruturas pudesse interferir no espetáculo, contudo, as 32 seleções fizeram uma copa que, apesar da desigualdade técnica, contou com poucos placares elásticos. A maior goleada foi Vietnã 0 a 7 Holanda. Em 2019, por exemplo, os EUA aplicaram 13 a 0 na Tailândia.

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Premiação

Os valores dos prêmios subiram para US$ 152 milhões (cerca de 800 milhões), quatro vezes maior em relação à Copa de 2019, e 10 vezes a mais, comparado ao Mundial de 2015. O avanço é notável, porém, ainda abaixo do masculino, que no torneio do Qatar em 2022, distribuiu US$ 400 milhões (aproximadamente R$2,11 bilhões).

Foto: Stuart Franklin - FIFA via Getty Images

Audiência

A FIFA anunciou dificuldade em negociar as transmissões na Europa. Até mesmo no Brasil houve recusa de emissoras que, não toparam fechar os valores impostos pela Live Mode e grupo Globo, que possuem os direitos e tentaram repassar. Contudo, as detentoras quebraram diversos recordes durante o torneio. Números expressivos também foram registrados em outros países.

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Vozes Femininas

Narradoras, repórteres e comentaristas marcaram um novo momento para as transmissões. É a Copa com maior número de profissionais mulheres envolvidas na cobertura. Seja na Austrália e Nova Zelândia, ou em qualquer lugar do planeta, o Mundial contou com participação recorde de mulheres.

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Público

Mesmo com o baixo número de vendas de ingressos na Nova Zelândia, o torneio contou com 700.00 torcedores somente no país neozelandês. Na Austrália, cerca de 1,27 milhão de ingressos foram vendidos. A estimativa é que 1,98 milhão de entradas sejam comercializadas até a final. A Copa da França teve 1,1 milhão de torcedores nos estádios.

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Comando feminino

Nesta edição, 12 seleções contaram com mulheres treinadoras. Pia Sundhage, Martina Voss e Bec Priestman estão entre os nomes. Apesar de um avanço importante, ainda falta representatividade. Desiree Ellis da África do Sul foi a única mulher negra a treinar uma equipe neste mundial.

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Engajamento

Aliada à exposição midiática, as redes sociais impulsionaram a visibilidade das atletas. Mesmo com uma breve participação no mundial, as jogadoras brasileiras conquistaram 1,3 milhão de novos seguidores. Os números criam maior interesse das marcas, que passam a patrocinar o esporte feminino.

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Desenvolvimento

É nítida a diferença técnica, tática e física das seleções que possuem maior estrutura. Contudo, o mundial mostrou um recorte da evolução que o futebol tem apresentado no mundo. Ainda que de forma lenta a modalidade passou a receber mais investimento da FIFA e confederações, resultando em uma Copa mais competitiva.

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Recorte nacional

O Brasil teve a sua melhor estrutura para a Copa, com delegação robusta e número recorde de 17 mulheres na comissão, além da logística planejada com direito a voo fretado. Apesar de o investimento oferecido ser o mínimo necessário, foi o maior oferecido pela CBF para a seleção feminina.

Foto: Thaís Magalhães/CBF

O futuro é hoje

Jovens como Linda Caicedo, Salma Paralluelo e Mary Fowler, provaram que o investimento na base é o melhor caminho. A tendência é que os demais torneios mostrem um nível técnico melhor, graças à nova geração que chega com consciência tática, leitura de jogo e talento lapidado.

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Copa do Mundo é no Terra

Cobertura completa da reta final do maior torneio mundial feminino da história

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