11 letras de Rita Lee contra a moral e os bons costumes

Cantora desafiou conservadorismo em vários momentos da carreira

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Ovelha Negra (1975)

"Agora é hora de você assumir e sumir", brada Rita Lee em hit gravado na época em que era acompanhada pela banda Tutti Frutti. A música fala de sua demissão do grupo Os Mutantes e dos sentimentos femininos no cenário roqueiro majoritariamente masculino.

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Luz Del Fuego (1975)

Uma das muitas letras feministas de Rita homenageia Luz Del Fuego, artista que dançava com uma cobra enrolada ao corpo e era adepta do nudismo. "Eu hoje represento a loucura / Mais o que você quiser / Tudo que você vê sair da boca / De uma grande mulher / Porém louca!", diz a canção.

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Arrombou a Festa (1977)

Feita para "escandalizar os bons costumes da MPB", foi inspirada no hit "Festa de Arromba" da Jovem Guarda e distribuiu farpas para nomes como Martinho da Vila, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Roberto Carlos. "Dez anos e Roberto não mudou de profissão", diz a letra.

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Elvira Pagã (1979)

"Santa, santa, só a minha mãe (e olhe lá)", debocha a cantora em letra que reverencia Elvira Pagã, vedete que na década de 1930 confrontava a sociedade conservadora da época com sua vida liberal e livre de hipocrisia.

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Mania de Você (1979)

"Meu bem você me dá água na boca..." Uma das mais sensuais canções da MPB foi criada com Roberto de Carvalho, parceiro de uma vida toda de Rita Lee, e é revolucionária por falar de prazer e sexo sob o ponto de vista feminino.

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Lança Perfume (1980)

Em mais uma de suas canções que festejavam as delícias da carne, Rita Lee pedia: "E me deixa de quatro no ato, me enche de amor". O nome também fazia alusão - em plena época da Ditadura Militar - ao lança-perfume, droga ilegal comumente associada ao Carnaval.

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Cor de Rosa Choque (1982)

Pura ousadia ao falar da força feminina através de elementos como a menstruação: "Mulher é bicho esquisito / Todo mês sangra". A música foi tema de abertura do extinto "TV Mulher", programa global de enorme sucesso nos anos 1980.

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Degustação (1983)

"Tome um gole desse biodegradável / Nada como uma vidinha saudável". Rebelde e irreverente, Rita marcou toda uma geração com uma letra provocativa pra lá de escatológica (e muito divertida!) que citava remelas, cocô, vômito e até catarro.

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Todas as Mulheres do Mundo (1993)

No refrão "Toda mulher é meio Leila Diniz" Rita Lee fez questão de deixar clara a homenagem à atriz que foi símbolo da liberação sexual feminina dos anos 1960 e, ao mesmo tempo, enalteceu todo o universo feminino.

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Pagu (2000)

Escrita e gravada com Zélia Duncan, "Pagu" é um manifesto contra o machismo em versos como "Nem toda brasileira é bunda" e "Sou mais macho que muito homem". O nome se refere à jornalista e escritora comunista Patrícia Galvão, ícone do modernismo no Brasil.

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Amor e Sexo (2003)

A parceria com o jornalista Arnaldo Jabor rendeu uma composição poética sobre as diferenças entre o amor e sexo e que, na voz de Rita, ganhou força e empoderamento. "Amor é prosa, sexo é poesia", descreve.

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