Objetificação da mulher
A versão de 1990 abusava do chamado "male gaze", ou seja, da direção calcada no olhar masculino para explorar o corpo das atrizes nas cenas de banhos no rio. Ponto positivo: a abertura do remake já eliminou a cena da mulher nua que se transforma em onça.
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Vilania de garotas empoderadas
Na primeira versão, Madeleine e Guta foram julgadas pela forma com que foram mostradas. Ambas tinham personalidades fortes e eram sexualmente livres, mas o texto pintava a primeira como "fresca" e a segunda como "vulgar". Em 2022, não cabe tratá-las dessa maneira.
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Masculinidade tóxica sem reflexão
No enredo original, Jove é considerado "afeminado" pelo pai e ridicularizado pelos peões por seus "modos" de moço da cidade. Seria interessante que o rapaz, agora vivido por Jesuíta Barbosa, rebatesse as piadinhas machistas e mostrasse que não existe uma única maneira de "ser homem".
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Personagem gay como "cômico"
A expectativa é que Silvero Pereira, ator gay e defensor das causas LGBTQIA+, elimine o viés humorístico de Zaqueu, peão homossexual que era alvo de chacotas na novela de 1990. Em entrevistas, ele disse que é fundamental encaixar o papel no atual contexto da sociedade.
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Maria Bruaca e seu apelido infeliz
Bruaca é um termo regional para definir uma mulher como feia, grosseira, vulgar, velha e ignorante. Não seria nada mal se, em algum ponto da história, Maria (Isabel Teixeira) se rebelasse e se livrasse da opressão do marido e do apelido pejorativo.
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Desprezo à realidade do Pantanal
Só em 2020, quase 60% dos focos de incêndios no Pantanal foram provocados por ações humanas. É impossível ignorar no horário nobre como a falta de alimentos, o desequilíbrio, e o risco de extinção têm afetado os animais do bioma.
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