Cela dividida, futebol e Inscrito para trabalhar: o primeiro mês de Robinho na prisão

Robinho completou um mês de detenção na penitenciária 2 de Tremembé

Foto: Reprodução de TV

Condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo, Robinho foi detido no último dia 21 de março depois de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologar a sentença proferida pela Justiça da Itália em 2022.

Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

O portal G1 publicou detalhes da rotina de presidiário do ex-jogador de Santos e Seleção Brasileira após um mês de cárcere.

Foto: Ivan Storti/Santos FC

Segundo a reportagem, Robinho compartilha uma cela com outro preso e recebe visita dos familiares somente um dia da semana (sábado ou domingo), em obediência às normas da instituição.

Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

De acordo com a Secretária de Administração Penitenciária (SAP), o ex-jogador está autorizado a participar das atividades educativas, religiosas e esportivas oferecidas pelo presídio. Robinho pode disputar partidas de futebol e frequentar oficinas de inglês, por exemplo.

Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

Robinho também teve o nome inscrito em lista para vagas de trabalho na unidade prisional. Assim, poderá ter uma atividade profissional na unidade, que pode ser remunerada.

Foto: Ivan Storti/Santos FC

O ex-jogador terá que aguardar sua vez na fila de emprego em uma oficina dentro do presídio e precisará passar por uma análise de formação profissional e aptidão para exercer o cargo - os dias de trabalho, assim como estudo, na cadeia podem ser abatidos do total da pena a cumprir, abreviando a sua estada na prisão.

Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

Nos primeiros dez dias em Tremembé, Robinho ficou isolado em uma cela de 8m² em cumprimento a período de adaptação. O ambiente é composto por cama, pia e bacia turca (vaso sanitário embutido no chão).

Foto: Ivan Storti/Santos FC

Ao fim desse período transitório, Robinho foi transferido para o cárcere que agora divide com outro condenado.

Foto: Ricardo Saibun/Santos FC

No dia 20 de março de 2023, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologou a sentença da Justiça italiana que condenou Robinho a nove anos de prisão por estupro.

Foto: Divulgação/STJ

Por 9 votos a 2, o STJ acatou pedido das autoridades italianas para que a sentença de Robinho seja aplicada no Brasil.

Foto: Pedro França/STJ

No julgamento do STJ, oito ministros seguiram o voto de Francisco Falcão, relator do caso, e apenas dois divergiram (Raul Araujo e Benedito Gonçalves).

Foto: Rafael Luz/STJ

“O requerido não foi julgado à revelia na Itália. Pelo contrário: estava representado e foi regularmente citado. A não homologação desta pena significará a impunidade”, destacou em seu voto o relator Francisco Falcão, que ainda mencionou “ultraje à vítima” caso a pena não fosse homologada.

Foto: Gustavo Lima/STJ

Dias antes do julgamento no STJ, Robinho deu entrevista ao programa Domingo Espetacular, da TV Record, em que afirmava ter provas de sua inocência. Ele ainda acusou a Justiça da Itália de racismo no processo que resultou em sua condenação.

Foto: Divulgação/Record

“Só joguei quatro anos na Itália e cansei de ver histórias de racismo. Infelizmente, isso tem até hoje. Foi em 2013, estamos em 2024. Os mesmos que não fazem nada com esse tipo de ato (racismo) são os mesmos que me condenaram”, declarou na entrevista.

Foto: Ivan Storti/Santos FC

“Se o meu julgamento fosse para um italiano branco, seria diferente. Sem dúvidas. Com a quantidade de provas que eu tenho, não seria condenado”, acrescentou.

Foto: Ivan Storti/Santos FC

Robinho alega que manteve relações sexuais com a vítima de forma consensual: “Tivemos uma relação sexual superficial e rápida. Em nenhum momento ela empurrou, falou ‘para’. Tinha outras pessoas no local. Quando vi que ela queria continuar com outros rapazes, eu fui embora para casa”.

Foto: Divulgação/Santos

Nessa mesma entrevista, Robinho declarou que a vítima estava consciente durante o ocorrido, mas essa versão contradiz falas dele próprio em áudios gravados pela Justiça da Itália. Nos grampos, o ex-atacante diz que a denunciante “estava completamente bêbada” e chega a dar risadas ao saber da acusação de estupro.

Foto: Ivan Storti/Santos FC

“Por isso que estou rindo, eu não estou nem aí. A mina, a mina estava extremamente embriagada, não sabe nem que eu sou”, afirma Robinho nos grampos feitos pela Justiça da Itália e que foram revelados pelo portal UOL.

Foto: Ricardo Saibun/Santos FC

Robinho foi condenado a nove anos de prisão por violência sexual de grupo pela Corte de Cassação da Itália - a última instância do judiciário local. Na época, ele defendia o Milan. Ricardo Falco, amigo do ex-atleta, recebeu a mesma pena pelo crime contra uma jovem albanesa.

Foto: Jebulon/Wikimedia Commons

Clayton Florêncio dos Santos, conhecido como Claytinho, um dos cinco amigos que estavam com Robinho no local do crime, deu entrevista ao portal UOL no início de abril. “Participamos de uma orgia. Com a consciência de todo mundo”, declarou.

Foto: Reprodução/Youtube UOL Prime

“Estuprador tem que morrer na cadeia. Estuprador tem que morrer. Mas o Robinho não estuprou ninguém. Os amigos de Robinho não estupraram ninguém”, alegou Claytinho, um dos quatro brasileiros acusados de estupro pelo Ministério Público da Itália que não foram julgados por não terem sido encontrados pelas autoridades locais.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

O amigo de Robinho, que nega o estupro, manifestou desejo de ser ouvido pela Justiça. “Eu gostaria muito que as autoridades brasileiras olhassem com carinho para esse caso, convocassem todos”.

Foto: Luis Dantas/Wikimedia Commons

Quando saiu a condenação definitiva, Robinho estava no Brasil e a Justiça italiana pediu a extradição do ex-jogador. No entanto, a Constituição brasileira veta no artigo quinto a extradição de cidadãos natos, o que fez as autoridades do país europeu pedirem que a pena fosse aplicada em solo brasileiro.

Foto: Reprodução/TV Tribuna

Após o STJ homologar a sentença da Itália, Robinho foi preso pela Polícia Federal no prédio em que reside, no bairro da Aparecida, em Santos. Ele passou por audiência de custódia na sede da instituição na cidade litorânea e, depois, por exame de corpo de delito, antes de ser encaminhado para o presídio de Tremembé.

Foto: Reprodução de TV

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