Origens
Embora não haja um consenso entre historiadores, pois alguns acreditam que ele tenha vindo da África, o senso comum prega que Zumbi dos Palmares nasceu em 1655 provavelmente na região da Serra da Barriga, em Alagoas, onde hoje fica o município de União dos Palmares.
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Capturado
Relatos dizem que Zumbi nasceu livre e foi capturado com 7 anos de idade. Entregue a um padre católico, ganhou o nome de Francisco ao ser batizado e aprendeu português e catolicismo. Aos 15 anos, voltou a viver no quilombo.
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Quilombo
O Quilombo dos Palmares surgiu por volta de 1580 e era uma espécie de vila de escravos fugitivos que contou com cerca de 20 mil pessoas. Ele tinha vários povoados chamados "mocambos", ou seja, esconderijos conforme um dos dialetos afrianos usados no local. O primeiro grande líder foi Ganga Zumba, tio de Zumbi.
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Liderança
Ao voltar para o quilombo, Francisco adotou o nome Zumbi. Segundo o dialeto da tribo imbagala de Angola, quer dizer “aquele que estava morto e reviveu”. Zumbi tornou-se líder do Quilombo dos Palmares em 1680, com 25 anos de idade, comandando a resistência contra as tropas do governo que pretendiam invadir o local.
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Morte
Após um ataque do bandeirante Domingos Jorge Velho, Zumbi se escondeu na mata. Delatado por um companheiro, foi morto e mutilado. Sua cabeça fou enviada para Recife, onde permaneceu exposta em praça pública. Ele morreu no dia 20 de novembro, data escolhida para ser o Dia da Consciência Negra.
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Dandara
Mulher de Zumbi, Dandara também era uma líder nata. Ela aprendeu a fabricar espadas e a guerrear com elas, lutava capoeira e tinha um perfil estrategista para as ações de combate.
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Apagamento
Segundo a escritora cearense Jarid Arraes, autora de "As Lendas de Dandara", o machismo e o racismo enraizados na sociedade levaram ao apagamento, durante muito tempo, de heroínas brasileiras como Dandara.
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Resistência
A tradição oral conta que Dandara se jogou de um penhasco em 1694 para não ser capturada após as forças militares derrotarem a última aldeia de Palmares. Seus três filhos com Zumbi - Harmódio, Aristogíton e Motumbo - teriam sido assassinados no confronto.
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Quilombo hoje
A Serra da Barriga é considerada atualmente Patrimônio Histórico do Brasil. Ainda hoje possui comunidades quilombolas remanescentes, como a de Muquém, que tradicionalmente fazem rituais de matriz africana e rodas de capoeira no dia 20 de novembro para celebrar os ancestrais e habitantes mortos em combate.
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