Como Madonna ajudou a naturalizar a comunidade LGBTQIA+

Após internação na UTI, cantora finalmente estreou turnê que comemora 40 anos de carreira; veja porque ela é um ícone para os gays

Foto: Reprodução/Instagram/@madonna

Retorno aos palcos

Madonna voltou aos palcos três meses e meio depois de ter sido internada com uma infecção bacteriana grave. A turnê “Celebration” estreou neste sábado, 14, em Londres, e comemora os 40 anos de carreira da cantora.

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Turnê

Madonna reservou um momento do show para homenagear os amigos perdidos para a Aids. Enquanto cantava "Live to Tell", imagens como a de Freddie Mercury apareceram no telão.

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Mestre

Em entrevistas ao longo da trajetória, Madonna sempre reverenciou Christopher Flynn, seu professor de dança na adolescência. Mais velho e abertamente gay, ele se tornou uma referência determinante para sua carreira pela bagagem cultural e de vida. Ela compôs "In This Life" em sua homenagem.

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Amigo

Nos anos 1980, um de seus melhores amigos gays, Martin Burgoyne, contraiu o vírus HIV e desenvolveu a doença. Ela o ajudou emocional e financeiramente até sua morte, em 1986, e passou a falar sobre a AIDS. Foi a primeira a defender publicamente os gays da estigmatização que ocorria na época.

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Documentário

Em "Na Cama com Madonna", de 1991, ela abraçou a polêmica ao mostrar a intimidade da rotina da "The Blond Ambition Tour" ao lado de seus dançarinos gays (alguns HIV positivo).

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Hinos

Tanto "Express Yourself" quanto "Vogue" são consideradas hinos gays por celebrarem as identidades LGBTQIA+. No clipe de "Vogue", aliás, Madonna levou para o grande público a dança da cena ballroom, na época uma cultura underground gay, afro-americana e latina.

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Homenagem

Em 2019, ela foi homenageada pelo GLAAD Media Awards com o prêmio Defensora da Mudança, sendo a segunda pessoa e a primeira mulher a recebê-lo. Em 2013, compareceu à premiação vestida de escoteiro para protestar contra o banimento de homossexuais da organização.

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Filantropa

Em 1987, todo o dinheiro arrecadado com um show da turnê "Who's That Girl World Tour" no Madison Square Garden, em Nova York, foi destinado para a amfAR, a Fundação para a Pesquisa da AIDS.

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Arte

No livro "Sex", de 1992, com fotografias de Steven Meisel, Madonna mostrou diversas formas de amar e celebrou as relações homoafetivas. Ela chegou a posar com sua namorada na época, Ingrid Casares.

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Apoio

Além de ajudar seu irmão mais novo a se assumir gay, Madonna auxiliou a apresentadora Ellen DeGeneres a sair publicamente do armário. A visibilidade das duas trouxe luz à causa LGBTQIA+ e incentivou outros artistas e fãs a revelarem sua orientação sexual.

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Mudança

Em 2019, Madonna fez um show surpresa no Stonewall Inn, bar de Nova York onde ocorreram os tumultos que deram início ao ativismo LGBTQIA+ atual. Ela cantou "Like a Prayer" e falou: "Tive o privilégio de usar minha arte como veículo de mudança. Provocar, inspirar, despertar pessoas e trazer a comunidade comigo".

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Discurso

Ao receber o prêmio de Mulher do Ano da revista norte-americana "Billboard", em 2016, Madonna fez um discurso que repercutiu em todo o planeta relembrando todos os ataques e críticas que sofreu por lutar contra a hipocrisia, o machismo e o preconceito da sociedade.

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