Conheça a história do povo indígena Krenak, sobrevivente da tragédia de Mariana

Após devastação do Rio Doce, comunidade segue resistindo

Foto: Arquivo Nacional

Significado

Krenak significa, em sua etimologia, cabeça (“kre”) da terra (“nak”). Existem cerca de 700 indígenas do povo Krenak hoje no Brasil. Eles vivem em áreas do Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais, onde está maior parte da população.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

História

No fim do século 18, o povo Krenak foi chamado pelos portugueses de “Botocudos do Leste” por usarem botoques nos lábios e nas orelhas. São conhecidos também por Aimorés, nominação dada pelos Tupi, e se autodenominam como Grén ou Krén.

Foto: Acervo Plinio Ayrosa/USP

Língua

Os Krenak falam a língua Borun, do tronco Macro-Jê, que significa “gente”. Borun também é outra forma como os Krenak se designam.

Foto: Reprodução/Canal Futura

Ocupação da área

O documentário “Krenak: Sobreviventes do Vale”, dirigido por Andrea Pilar Marranquiel, conta que, há dois séculos, os Krenak tiveram diversas disputas com os portugueses, que queriam a ocupação da área que hoje corresponde a cidade de Resplendor (MG).

Foto: Mariana Spagnuolo Furtado/ISA

Resistência

Além da luta pela sobrevivência e para manter as tradições, os Krenak ainda enfrentam os impactos causados pela extração de minério na região do Vale do Rio Doce, o que prejudica a sobrevivência da comunidade.

Foto: Lucas Limas/ISA

Catástrofe de Mariana

Em 2015, a catástrofe de Mariana (MG), devastou toda a fauna e vegetação do Rio Doce, atingindo a principal fonte de subsistência dos Krenak. Uma barragem da mineradora Samarco se rompeu trazendo uma enxurrada de lama que percorreu mais de 200 km de distância.

Foto: Fred Loureiro/SECOM (ES)

Ailton Krenak

O ambientalista, filósofo, poeta e escritor Ailton Krenak cresceu na região do Vale do Rio Doce. Ele se tornou uma das vozes mais potentes na defesa dos direitos dos povos indígenas. É também o único indígena a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.

Foto: Divulgação

Direitos indígenas

Foi ele que, em 1987, fez um discurso emblemático no Congresso Nacional, pintando o rosto de preto em sinal de luto. A repercussão foi tanta que contribuiu para a inclusão dos direitos indígenas na Constituição de 1988.

Foto: Reprodução/Instagram/_ailtonkrenak

Fontes:

Terras Indígenas do Brasil, Agência Brasil, Canal Futura, Senado Federal e Instituto Socioambiental.

Foto: Christian Braga/ISA

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Foto: Reprodução/Canal Futura