Conheça o terreiro mais antigo do Brasil
Terreiro da Casa Branca foi fundado por volta de 1830 e fica na Bahia
Foto: Reprodução/Instagram/@terreirocasabranca
Origens
O Terreiro da Casa Branca - em iorubá, Ilê Axé Iyá Nassô Oká - é o responsável pela origem de muitos outros terreiros, inclusive o famoso Terreiro do Gantois. Ele foi fundado por três mulheres africanas da nação nagô e nasceu em um terreno atrás da Igreja da Barroquinha, em Salvador (BA), por volta de 1830.
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Tombamento
Constituído por uma área de 6.800 m², com edificações e áreas verdes, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1984 e o primeiro monumento da cultura negra a ser considerado Patrimônio Histórico do Brasil.
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Liderança
O Terreiro da Casa Branca é liderado desde 2021 por Neuza Conceição Cruz, a Mãe Neuza de Xangô Aganju. São os orixás, através do jogo de búzios, que escolhem as lideranças. Quem fez o jogo de búzios que determinou Neuza como a nona líder foi o babalorixá Pai Air do Terreiro Pilão de Prata.
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Antecessora
Antes de Neuza, o terreiro era liderado por Altamira Cecília dos Santos, mais conhecida como Mãe Tatá Oxum Tomilá (1923-2019). O enterro da ialorixá, figura extremamente respeitada no candomblé da Bahia, foi acompanhado por centenas de pessoas. Conforme a tradição, o terreiro ficou fechado por um ano por causa do luto.
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Ataques
A mudança para o Engenho Velho, onde fica a sede atual, ocorreu entre 1860 e 1870, época em que práticas religiosas divergentes da católica começaram a ser perseguidas. A Casa Branca passou por inúmeros ataques, que não só queriam fechar o templo religioso, mas também destruí-lo.
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Proteção
Toda a área ocupada pelo terreiro é protegida pelo orixá Oxóssi, um dos patronos do local. O templo principal (barracão) é regido por Xangô, cujos ícones encontram-se no telhado, simbolizando seu papel de patrono. Uma bandeira branca hasteada próxima à entrada mostra o caráter sagrado do espaço.
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Visual
A chamada "coroa de Xangô", no barracão, é um dos elementos visuais mais interessantes do terreiro. Logo após o tombamento o Ministério da Cultura lançou uma série de cartões postais icônicos com detalhes do espaço.
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Valor cultural
O escritor Jorge Amado é um entre diversos artistas que citam o Casa Branca em suas obras. O terreiro já recebeu inúmeras visitas célebres de políticos e religiosos de diferentes credos e de várias partes do mundo.
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