Letramento racial: você sabe o que significa?

Conceito é o ponto de partida de combate ao racismo

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Origens

O conceito foi utilizado pela primeira vez pela socióloga afro-americana France Winddance Twine, em 2003. No Brasil, o "racial literacy" foi traduzido para o português pela psicóloga Lia Vainer Schucman.

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Desconstrução

Ambas as pesquisadoras defendem o letramento racial como um conjunto de práticas para ensinar crianças e adultos a desconstruir formas de pensar e agir sobre questões de raça que foram naturalizadas.

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Reconhecimento da branquitude

É uma das ações principais. Embora representem a menor parcela da população brasileira, as pessoas brancas são beneficiadas pela falsa ideia de superioridade reforçada desde os tempos de colonização. Isso as coloca numa posição de privilégio.

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Problema de todos

É próprio da branquitude achar que racismo é problema dos negros. É difícil para as pessoas reconhecerem sua herança branca e entenderem que chegaram a determinado lugar por serem brancas.

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Existência

O letramento racial exigem um olhar mais atento às estatísticas que provam a desigualdade social e a vulnerabilidade imposta à população negra.

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Práticas afirmativas

É preciso estudar História além da escravização, repensar padrões de beleza e buscar referências negras na TV, na música e na literatura.

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Pauta constante

A lei sobre educação antirracista existe desde 2003, mas muitas escolas dizem que ensinar sobre escravidão é o suficiente. Precisam estar na pauta do dia dos governos e da sociedade civil os temas sobre branquitude e antirracismo.

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Vocabulário

O letramento racial envolve repensar expressões estereotipadas que associam o branco à bondade - "inveja branca", por exemplo - e o negro ao negativo em falas como "a coisa tá preta".

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Obrigação social

Negros não devem educar os brancos em relação ao racismo. O acesso está na palma da mão, é só querer pesquisar e adquirir a informação.

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