Maior terra indígena do Brasil: conheça os povos Yanomami
Território foi demarcado em 1992 após longa batalha e ainda enfrenta os impactos do garimpo ilegal
Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil
Área
A Terra Indígena Yanomami (TIY) é a maior do Brasil. São quase 100 mil quilômetros quadrados que abrangem os estados de Roraima e Amazonas. Para se ter uma ideia, a área ultrapassa o tamanho de Portugal.
Foto: Sobrevoo/Funai
Demarcação
O território foi demarcado em 1992 pelo então presidente Fernando Collor. O processo durou cerca de 15 anos. A demarcação passou por uma longa batalha até o governo homologar a área por decreto.
Foto: Mapa/Terras Indígenas do Brasil
População
Na TIY vive uma população de aproximadamente 31 mil pessoas, divididas em cerca de 384 comunidades, segundo a Secretaria de Saúde Indígena (SESAI). Entre os povos Yanomami e Ye’kwana, ali também estão grupos de indígenas considerados isolados.
Foto: Mário Vilela/Funai
Modo de vida
De acordo com a Survival Brasil, os Yanomami vivem em grandes casas comunais circulares chamadas de “yanos” ou “shabonos”. Algumas podem acomodar até 400 pessoas. A área central é utilizada para rituais, festas e jogos.
Foto: Sobrevoo/Funai
Acesso e linguagem
O acesso às comunidades da Terra Indígena Yanomami é 98% aéreo e 2% terrestre. A família linguística Yanomami não é vinculada a nenhum outro tronco linguístico. Possui seis línguas e 16 dialetos.
Foto: João Claudio/Funai
Contatos
Os primeiros contatos entre os Yanomami e a sociedade nacional ocorreram entre 1910 e 1940. A instalação de missões religiosas e de alguns postos do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), em 1960, fizeram com que os contatos passassem a ser frequentes.
Foto: EBC/TV Brasil
Garimpo ilegal
A partir da entrada de garimpeiros, houve grave crise sanitária na região no final dos anos 1980. Segundo registros, 1987 foi o auge da invasão, com a entrada de 45 mil garimpeiros.
Foto: Funai
Alimentação
O cenário afetou a alimentação indígena, que é composta principalmente pela pesca, caça e coleta de frutos e raízes, além da agricultura.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Primeiro genocídio
Em julho de 1993, garimpeiros invadiram uma comunidade Yanomami e assassinaram 16 indígenas, entre eles um bebê. O episódio ficou conhecido como o Massacre de Haximu e foi o primeiro caso julgado pela Justiça em que réus foram condenados por genocídio.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Impactos
Deste então, território Yanomami segue sendo fortemente impactado pelo desmatamento, mineração ilegal, contaminação do solo e pela violência. Situação que se agravou intensamente entre 2019 e 2022, devido à política aberta de estímulo ao garimpo.
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Fontes:
Cartilha SOS Yanomami do Governo Federal (2023), Agência Brasil, Terras Indígenas do Brasil, Survival Brasil e Urihi Associação Yanomami.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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