Estudo do IBGE revela desigualdade de gênero no País

Participação de mulheres é quase 20% menor no mercado de trabalho

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Mercado de trabalho

O índice de participação das mulheres com 15 anos ou mais de idade no mercado de trabalho (ocupadas ou em busca de trabalho e disponíveis para trabalhar) foi de 53,3%, enquanto entre os homens a taxa chegou a 73,2% no ano de 2022.

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Afazeres domésticos

No Brasil, em 2022, as mulheres prestaram essas atividades quase o dobro de tempo que os homens (21,3 horas contra 11,7 horas). O Nordeste lidera com o maior tempo gasto, que corresponde a 23,5 horas, sendo também a Região com a maior desigualdade em relação aos homens.

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Mulheres negras

Conforme o IBGE, o recorte por cor ou raça indica, por sua vez, que as mulheres pretas ou pardas estavam mais envolvidas com o trabalho doméstico não remunerado que as mulheres brancas (1,6 hora a mais), enquanto para os homens a cor ou raça declarada não afetou a dedicação a essas atividades.

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Rendimento

No mesmo ano, o rendimento das mulheres foi, em média, equivalente a 78,9% do recebido por homens. No início da série histórica, em 2012, essa razão era estimada em 73,5%. A maior diferença no rendimento, em 2022, estava no grupo de profissionais das ciências e intelectuais: elas receberam 63,3% da média dos homens.

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Mortalidade materna

A saúde das mulheres sofreu com o crescimento da mortalidade materna durante a pandemia de covid-19. Em 2020, a taxa chegou a aumentar em 29% em comparação ao ano anterior, atingindo a marca de 74,7 óbitos por 100 mil nascidos vivos. No ano seguinte, essa proporção foi de 117,4/100 mil. Em 2022, a razão de mortalidade materna caiu, sendo estimada em 57,7 a cada 100 mil nascidos vivos.

Foto: Estadão Conteúdo

Violência

Em 2019, considerando apenas a principal violência sofrida, 5,7% das mulheres brancas relataram ter sido vítima de violência psicológica, física ou sexual praticada por ex ou atual parceiro íntimo. A proporção era maior para as mulheres pretas ou pardas, com 6,3%.

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Política

Embora as mulheres representem 52,7% do eleitorado e a proporção de deputadas na Câmara Federal tenha aumentado de 14,8%, em setembro de 2020, para 17,9%, em novembro de 2023, o país encontra-se na 133ª posição de um ranking de 186 países e tinha posição inferior a vários países latino-americanos como o México, Argentina, Equador e Bolívia.

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