Pomba Gira: conheça a entidade feminista da umbanda
Ela representa o poder e a liberdade da mulher também no candomblé
Foto: Reprodução/Instagram
Quem é
É uma entidade do candomblé e da umbanda, representada por uma mulher sensual, independente e dominadora, incorporada por um ou uma médium. Em geral, faz trabalhos espirituais dá conselhos ligados ao amor.
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Origens
O nome deriva de entidades de religiões de matriz africana, como "Bombogira", entidade cultuada em Angola, mas também remete a histórias de Castela, na Espanha. No Brasil, ficou conhecida no início do século 20.
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Representação
A Pomba Gira é representada por uma mulher vaidosa e sexy, geralmente com longos cabelos escuros, que usa vestidos ou saias nas cores vermelho e preto. A entidade gosta de beber e fumar e aprecia presentes como flores, perfumes e champanhe.
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Perfil polêmico
Calcado no machismo, o senso comum prega que a Pomba Gira era, em vida, maldosa e vulgar, mas as características atribuídas a ela também a colocam como uma mulher destemida, empoderada e que se recusava a abrir mão da liberdade.
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Vários nomes
Quando é incorporada, a Pomba Gira assume personalidades e nomes como a espanhola Maria Padilha, Sete Encruzilhadas, Sete Saias, Rosa Caveira, Rosa Negra, Maria Mulambo, Dama da Noite e Maria Quitéria.
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Mulher de Exu
A Pomba Gira também é chamada de Mulher de Exu, representando o lado feminino da entidade que rege a sexualidade.
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Gira
A gira é um ritual da umbanda para realização de trabalhos espirituais por meio de médiuns incorporando entidades. Na abertura são entoados cantos, saudações e defumação do ambiente.
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Sambou no Carnaval
Volta e meia a Pomba Gira dá as caras no Carnaval nas escolas de samba que celebram as religiões africanas. Paola Oliveira brilhou esse ano na Grande Rio e Viviane Araújo já representou Maria Padilha na Salgueiro em 2016.
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Foi heroína de novela
Glória Perez mesclou umbanda e ópera para contar a história de Carmen (Lucélia Santos) na novela de mesmo nome da TV Manchete, em 1987. A moça fazia um pacto com a Pomba Gira para conquistar um homem.
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Sem caricatura
Muitos adeptos da umbanda e do candomblé defendem que a entidade não é do mal e afirmam que às vezes é vista de modo errado e caricato. Para eles, as Pomba Gira são conselheiras dedicadas à felicidade e ao empoderamento da mulher.
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