Primeiras-damas refletem a cara do Brasil
Título reproduz mudanças sociais e históricas no país
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Mariana da Fonseca
A pioneira no posto era malvista na sociedade por ser solteira aos 34 anos. Após um romance-relâmpago, casou-se com Manuel Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente do país. Ajudou a criar uma escola que ensinava prendas domésticas a meninas pobres e órfãs.
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Nair de Teffé
A primeira-dama do Brasil entre 1913 e 1914 entrou para a história como a primeira caricaturista do mundo. Mulher à frente de seu tempo, Nair foi pintora, cantora, atriz e pianista. Culta, adorava promover saraus no Palácio do Catete. Nair foi mulher de Hermes da Fonseca.
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Darcy Vargas
A gaúcha de São Borja, mulher de Getúlio Vargas, se tornou referência ao desempenhar funções assistencialistas e sociais. Em 1942, criou a extinta Legião Brasileira de Assistência (LBA) para ajudar as famílias dos soldados que participaram da Segunda Guerra Mundial.
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Sarah Kubitschek
Vinda de uma família tradicional mineira ligada à política, Sarah não gostava do assunto. Isso não a impediu de ter uma atuação social intensa entre 1956 e 1961 e se tornar uma das primeiras-damas mais ativas da história. O marido, Juscelino, a comparava a um tigre.
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Maria Thereza Goulart
Recebeu o título em 1961, aos 25 anos de idade, e foi considerada pela revista "People" como uma das dez primeiras-damas mais belas do mundo. A mulher de João Goulart foi um ícone fashion por incentivar a alta-costura em ascensão no país e estampou capas de revistas internacionais como "Paris Match".
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Yolanda Costa e Silva
Esposa de Artur da Costa e Silva, o segundo presidente da ditadura militar no país, foi primeira-dama entre 1967 a 1969 e ficou famosa pelo carisma. Bastante religiosa, Yolanda apoiou a campanha de setores tradicionalistas contra a suposta infiltração comunista na igreja católica.
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Marly Sarney
Foi primeira-dama do país entre 1985 e 1990 durante o mandato de José Sarney, que assumiu o cargo após a morte do presidente eleito Tancredo Neves. Tida como a moça mais bonita do Maranhão, inspirou diversos poemas do marido. Em julho deste ano, os dois completaram 70 anos de casamento.
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Rosane Malta
A ex-mulher de Fernando Collor de Mello, que ocupou a presidência até 1992, tinha um estilo extravagante e gostava de ostentar. Foi alvo de uma investigação sobre corrupção na LBA e foi absolvida no STF. Nas últimas eleições, apoiou Jair Bolsonaro.
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Ruth Cardoso
Professora universitária e antropóloga reconhecida internacionalmente, a esposa de FHC rechaçava o título de primeira-dama. Entre 1995 e 2003 concentrou esforços em modernizar o conceito de assistencialismo no país.
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Marisa Letícia
De família humilde, a primeira mulher de Lula nasceu em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, e começou a trabalhar ainda criança. Ajudou nos movimentos sindicalistas na época e cortou e costurou a primeira bandeira do PT, em 1980.
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Marcela Temer
Ficou conhecida como "Bela, recatada e do lar" por conta do título de uma reportagem controversa da "Veja" em 2016. Marcela ocupou o posto após o vice Michel Temer substituir a então presidente Dilma. Ex-miss Paulínia, teve uma atuação reservada alinhada à crescente onda conservadora no Brasil.
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Michelle Bolsonaro
Membro da Igreja Batista Atitude, representou a ascensão da direita conservadora no país. Promoveu um culto especial para angariar votos femininos para o marido e se destacou por saber se comunidar em Libras, além de capitanear ações sociais.
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Rosângela da Silva
A socióloga paranaense é filiada ao PT desde 1983. A participação ativa de Janja na campanha de Lula indica que fará um trabalho engajado em prol das minorias e de pautas ligadas às mulheres.
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