Quais são as proibições da Igreja Católica às mulheres?

Permissão do Papa para voto feminino em reunião de bispos é concessão raríssima; Sínodo dos Bispos começa nesta quarta-feira, 4

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Direito ao voto

Após décadas de reivindicação, o Papa Francisco autorizou a participação de religiosas e mulheres ligadas à Igreja no próximo Sínodo dos Bispos, reunião que começa nesta quarta-feira, 4, em que bispos debatem e decidem questões ideológicas e regimentos internos.

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Restrição

A permissão do voto no Sínodo significa uma rara flexibilização da Igreja a uma maior participação feminina. As restrições devem-se, conforme a Bíblia, à escolha de 12 homens por Jesus Cristo para serem seus apóstolos e propagadores de seus dogmas e fundamentos.

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Sacerdócio

Em 2021, o Papa autorizou mulheres a distribuírem a comunhão e lerem textos durante a missa. Na verdade, a prática já acontecia há décadas - só foi institucionalizada. No entanto, mulheres continuam proibidas de se tornarem padres.

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Excomunhão

O Vaticano considera a ordenação de mulheres um crime grave e passível de excomunhão. Ou seja, as mulheres que se atrevem a ministrar uma missa ficam impedidas de receber os sacramentos, incluindo a comunhão, e de ter funeral realizado na Igreja.

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Papa, de jeito nenhum

As chances de termos uma Papa são praticamente nulas. A pessoa escolhida para o cargo teria que ser ordenada antes, o que esbarra na proibição das mulheres se tornarem padres.

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Comissão especial

Em 2020, o papa Francisco criou uma comissão para refletir sobre o papel das mulheres como diáconos, ajudantes da Igreja que podem proferir o sermão na missa (mas não celebrá-la nem ouvir confissões), celebrar batismos, casamentos e funerais. Atualmente, o diaconato é reservado aos homens.

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Exorcismos

Os rituais de expulsão do demônio do corpo de alguém também só podem ser conduzidos por homens. Os exorcistas oficiais são bispos, os herdeiros dos apóstolos de Jesus, função não permitida às mulheres.

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Batalha longa

Baixa nas vocações e escândalos sexuais envolvendo clérigos são os argumentos de quem clama por mais oportunidades para as mulheres na Igreja. Qualquer possibilidade de mudança, no entanto, envolveria inúmeras discussões entre Papa, bispos e cardeais e não existe o mínimo sinal de interesse em autorizar o sacerdócio feminino.

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