Ativista
Margarida nasceu na Paraíba e foi a primeira mulher presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade, em 1973, onde fundou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural.
Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
A história de Margarida
Vivendo grande parte de sua vida na zona rural de Alagoa Grande, Margarida era a caçula de nove irmãos e tinha experiência com a ação dos latifundiários, uma vez que sua família foi expulsa de onde morava por eles.
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A luta pelos direitos
Suas metas eram o registro em carteira, a jornada de trabalho de 8 horas, 13° salário e férias. Ou seja, nada que já não fosse direito dos trabalhadores urbanos e que não pareça o mínimo hoje, mas que nos anos 1970 era uma realidade distante para os trabalhadores rurais.
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A primeira mulher
Margarida foi a primeira mulher a lutar pelos direitos trabalhistas na época da Ditadura Militar em seu estado e ajuizou mais de cem ações na Justiça do Trabalho no período em que foi presidente do Sindicato.
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Um símbolo de luta
Ela é um dos maiores nomes da luta sindical no Brasil. Foi em um discurso no Dia do Trabalho que disse uma de suas frases mais famosas: "Da luta eu não fujo. É melhor morrer na luta do que morrer de fome".
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A sua morte
Em 12 de agosto de 1983 Margarida foi assassinada na porta de sua casa com um tiro no rosto, disparado por um matador de aluguel, na frente de seu marido e seu filho, que tinha 8 anos na época.
Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Acusados do crime
Os irmãos pistoleiros Amauri e Amaro José do Rego, o motorista Biu Genésio e o soldado da PM Betâneo Carneiro dos Santos foram acusados do crime. Só o latifundiário Zito Buarque (foto), citado como um dos mandantes, foi julgado. Ele ficou preso por três meses.
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Legado
A casa de Margarida agora é um museu dedicado à história de sua luta pelos direitos das trabalhadoras rurais, com fotografias e documentos. O museu também abriga o "Mulheres do Brejo", um movimento de trabalhadoras rurais de Alagoa Grande.
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Marcha das Margaridas
As ações de Margarida inspiraram a Marcha das Margaridas, uma manifestação realizada por trabalhadoras rurais desde 2000. A mobilização costuma ocorrer no dia 12 de agosto, ou em datas próximas, para lembrar a sua morte.
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