Santa, ex-prostituta e autora: quem foi Rosa Egipcíaca
Ex-escravizada considerada santa foi a primeira negra a escrever um livro no Brasil e é tema da Viradouro
Foto: Reprodução/livro Luiz Mott
Origens
O desfile da carioca Unidos do Viradouro resgata a história de Rosa Egipcíaca, escrava vinda da África que chegou ao Rio em 1725, aos seis anos de idade, e que em seguida viajou a pé para Minas Gerais
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Trajetória
Com Erika Januza como rainha de bateria, a escola vai abordar passagens sofridas da vida de Rosa, como os açoites durante a escravidão e a prostituição forçada.
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Registro
A documentação sobre Rosa Egipcíaca é rara. Uma exceção é o registro de sua morte por causas naturais em 1771, em Lisboa.
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Religiosa
Por volta de 1748, ela vendeu as joias e as roupas que havia comprado com o dinheiro da prostituição e doou aos pobres. Passou a frenquentar missas e ganhou fama de profetisa em cidades mineiras como São João Del Rei.
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Visões
Deu a si mesma o nome de Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz em homenagem a Santa Maria Egípcíaca, que, segundo a lenda era também uma prostituta antes de virar santa. Rosa dizia que costumava amamentar o menino Jesus.
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Rio de Janeiro
De volta ao Rio com o padre Francisco Gonçalves Lopes, que a considerava santa, foi acolhida pelo superior do Convento de Santo Antônio. Em 1754, abriu uma casa de recolhimento para mulheres.
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Obra
Após aprender a ler, escreveu o livro "Sagrada Teologia do Amor Divino das Almas Peregrinas". A obra foi qualificada como heresia e parcialmente destruída pelo padre Francisco, conhecido como Xota-Diabos, a fim de preservá-la da Inquisição.
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Acusação
Em 1763, Rosa Egicpíaca foi tida pela Igreja Católica como herege e falsa santa e presa pelo Santo Ofício em Lisboa. Ela não desmentiu suas visões. Detalhes do processo constam no livro do antropólogo Luiz Mott, que deve ser relançado até 2024.
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