Vista como louca, Heloísa de "Mulheres Apaixonadas" era vítima de machismo
Enredo de personagem seria tratado de outra forma numa trama atual
Foto: Divulgação/TV Globo
Irmãs
De autoria de Manoel Carlos, "Mulheres Apaixonadas" foi exibida pela primeira vez em 2003 e retorna nesta segunda-feira, 29, ao Vale a Pena Ver de Novo. A trama acompanha as vidas de três irmãs: Helena (Christiane Torloni), a protagonista, Hilda (Maria Padilha) e Heloísa (Giulia Gam), a caçula.
Foto: Divulgação/TV Globo
Papel social
A dependência emocional e o ciúme patológico de Heloísa tiveram grande destaque na novela e jogaram luz sobre o grupo Mulheres que Amam Demais Anônimas (MADA), além de impulsionar as vendas do livro de autoajuda da terapeuta Robin Norwood que leva o mesmo nome.
Foto: Divulgação/TV Globo
Perfil
As questões emocionais de Heloísa, no entanto, sempre foram tratadas como falhas de caráter. A insegurança e a desconfiança em excesso a levavam a ser tratada como louca pelos outros personagens. Na época, o público acolheu a ideia.
Foto: Divulgação/TV Globo
Alecrim dourado
Vivido por Marcello Antony, desde o início da novela, Sérgio, o marido de Helô, é tido como um verdadeiro "presente de Deus": um homem bonito e interessante demais para ela, segundo a opinião alheia.
Foto: Divulgação/TV Globo
"Louca"?
Embora tenha atitudes impensadas, o fato é que Sérgio pouco fazia para minimizar o ciúme de Heloísa. Embora não gostasse das cenas que ela armava, o arquiteto também não fazia questão alguma de barrar as investidas das outras mulheres e parecia se envaidecer com a atenção recebida.
Foto: Reprodução/TV Globo
Sem sororidade
Várias mulheres da trama pouco se lixavam para as dores de Heloísa. Algumas, como Vidinha (Júlia Almeida) e Dóris (Regiane Alves), gostavam de provocá-la. As próprias irmãs e o cunhado deixavam bem claro que Sérgio era praticamente um santo por aturá-la.
Foto: Reprodução/TV Globo
Ajuda
Heloísa precisava, sim, de apoio profissional para lidar com a dependência afetiva, mas ninguém se dispôs a acompanhá-la afetivamente no processo de cura. No final, acabou internada em hospital psiquiátrico à força - cena que dificilmente iria ao ar se a produção atual.
Foto: Divulgação/TV Globo
Senso crítico
A reexibição de "Mulheres Apaixonadas" oferece a oportunidade de repensar o papel de Sérgio na situação. E, também, de refletir sobre como a sociedade machista é condescendente com o comportamento masculino e ainda faz as mulheres se sentirem desvalorizadas se não tiverem um parceiro.
Foto: Reprodução/TV Globo
Terra NÓS
Conteúdo de diversidade feito por gente diversa.
Foto: Divulgação/TV Globo