Além do imaginável: Uma a cada três árvores corre risco de extinção no mundo
Foto: Elżbieta Michta por Pixabay
Um relatório da Avaliação Global de Árvores, feita pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), revelou que mais de um terço das espécies de árvores do mundo está em risco de extinção, ameaçando a biodiversidade e os ecossistemas.
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Realizado para coincidir com a COP16 da ONU sobre biodiversidade, o estudo estima que 16 mil das 58 mil espécies de árvores existentes estão ameaçadas devido ao desmatamento, agricultura, expansão urbana e mudanças climáticas.
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Árvores desempenham funções vitais, como fornecer alimentos, madeira, medicamentos, oxigênio e absorver dióxido de carbono, sendo fundamentais para a vida humana.
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Segundo a IUCN, mais de 5 mil espécies ameaçadas são usadas para construção, enquanto mais de 2 mil servem para alimentos, combustíveis e medicamentos. Estima-se que mais de 15 bilhões de árvores são cortadas a cada ano.
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O Brasil é o país com maior número de espécies de árvores em risco de extinção. São 1.788 espécies em todo o território nacional.
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Quando alguma nova espécie é encontrada, é natural comemorar. Em 2023, pesquisadores da Universidade Federal Rural do RJ e do Jardim Botânico do RJ encontraram duas no Parque Estadual da Serra da Tiririca.
Foto: Divulgação Portal da Prefeitura de Niterói
Uma delas é a Eugenia delicata, chamada popularmente de uvaia-pitanga. Os pesquisadores encontraram seis unidades dessa árvore no parque.
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Essa árvore dá frutos comestíveis, alaranjados, que têm sabor semelhante ao da goiaba.
Foto: Divulgação/Thiago Fernandes
A outra é a Eugenia superba, batizada da linguagem comum como cereja-amarela-de-niterói. Há três árvores desse tipo no parque.
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Seu caule tem troncos descamantes que soltam placas finas que esfarelam quando a pessoa toca.
Foto: Divulgação/Thiago Fernandes
Essa árvore dá frutos chamados de cereja-amarela-de-Niterói . Ambas são espécies endêmicas da região que abrange os municípios de Niterói a Maricá. E têm entre 12 e 15 m de altura.
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Em dezembro de 2023, uma Guapeba (fruta-do-Imperador ou árvore-imperial) foi encontrada na Reserva Biológica de Duas Bocas, em Cariacica (ES), por uma equipe do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e da Vale do Rio Doce.
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A fruta-do-Imperador foi muito apreciada pela família real portuguesa, por seus frutos suculentos e doces. É uma árvore de grande porte, cuja madeira era utilizada na construção naval.
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Em agosto de 2024, pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) descobriram uma nova espécie de árvore frutífera, a Siphoneugena carolynae, em uma área de preservação ambiental de Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Foto: Thiago Fernandes/Jardim Botânico
Essa nova espécie é considerada uma "parente próxima" da jabuticabeira e é considerada a única no mundo, pelo menos até o momento.
Foto: Thiago Fernandes/Jardim Botânico
Conheça algumas espécies de árvores do Brasil que estão ameaçadas de extinção!
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Garapeira: Árvore da Amazônia, da Caatinga e do Cerrado. Também chamada de Barajuba, Jataí e Gema-de-Ovo.
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Mogno: Típica do bioma da Amazônia. Também chamada de Acaju, Aguano, Caoba e Mara.
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Cedro-Rosa: Árvore da Amazônia, da Caatinga, do Cerrado e da Mata Atlântica. Também chamada de Capiúva, Cedrilho, Cedro-Mando e Cedro-Cheiroso.
Foto: Domínio público
Castanheira: Árvore do bioma da Amazônia. Também chamada de Amendoeira-da-América, Castanha-do-Brasil, Coz-do-Brasil e Tucari.
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Jequitibá-Branco: Árvore da Amazônia, do Cerrado e da Mata Atlântica. Também chamada de Estopa, Cachimbeiro, Pau-de-Cachimbo e Mussambê.
Foto: Mauroguanandi, Mauro halpern - wikimedia commons
Pau-brasil: Bioma da Mata Atlântica. Também chamada de Arabutã, Ibirapitá, Pau-de-Pernambuco e Pau-de-Tinta. Inspirou o nome do Brasil.
Foto: Der Kolonist - WIKIMEDIA COMMONS
Araucária: Bioma da Mata Atlântica. Também chamada de Pinheiro-d-Paraná, Pinheiro-Brasileiro e Curi.
Foto: Rubensl wikimedia commons
Pau-Amarelo: Bioma da Amazônia - Também chamado de Amarelão, Amarelo-Cetim, Muiratana, Piquiá-Cetim e Pau-cetim.
Foto: Domínio público
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Foto: Elżbieta Michta por Pixabay