Um dos rostos mais conhecidos da TV brasileira, o ator Alexandre Borges surpreendeu ao afirmar que nunca usou o WhatsApp, famoso aplicativo de conversas on-line. O artista, de 58 anos, também falou sobre o processo de envelhecimento em meio às perdas recentes em sua vida.
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Recentemente, o ator perdeu três nomes essenciais para a sua formação. Sua mãe Rosa Linda, em 2021; seu pai Tanah Corrêa, em 2023; e o amigo e mestre Zé Celso, renomado dramaturgo e fundador do Teatro Oficina.
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"É o destino de todos nós e você começa a refletir sobre tudo. São fatos que acontecem uma vez na vida, e você nunca está preparado. Tudo muda. De repente você está órfão", afirmou Alexandre Borges em entrevista à GQ.
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“A vida é uma coisa impressionante. O destino quis que eu voltasse a trabalhar com ele ( Zé Celso). Ficamos dois anos ensaiando até ele falecer”, analisou o ator, que diz nunca ter usado o Whatsapp.
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O ator está em cena com a peça Esperando Godot. Nela, Borges e o ator Marcelo Drummond vivem dois palhaços desesperançosos. Vladimir e Estragão se encontram no fim do mundo, enquanto esperam pela salvação de uma entidade divina, porém desconhecida.
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"É um aplicativo (Whatsapp) que nunca entrei. Foi passando o tempo e fui tendo mais certeza de que não iria usar. Acho que é uma ferramenta super fundamental para certas profissões, para a minha profissão não é tanto", explicou.
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Nascido em Santos, no dia 23 de fevereiro de 1966, Alexandre Borges integrou o grupo de teatro Boi Voador, dirigido por Ulysses Cruz, com quem estreou em 1985, na peça Velhos Marinheiros de Jorge Amado.
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Entre 1985 e 1989, o ator esteve presente em diversos espetáculos promovidos pelo grupo como Corpo de Baile, de Guimarães Rosa, e Pantaleão e as Visitadoras, de Mario Vargas Llosa. No entanto, sua primeira atuação no cinema só aconteceu no curta Paixão Cigana, de 1991.
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Em seguida, estreou na televisão como protagonista em "Guerra sem Fim", da extinta Rede Manchete, onde conheceu sua ex-esposa, Júlia Lemmertz. Antes de assinar com a TV Globo, ainda contracenou na peça Hamlet, em 1993, no Teatro Oficina, sob a direção de José Celso.
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No ano seguinte, fez uma participação na minissérie "Incidente em Antares", da TV Globo. Contudo, o sucesso e o reconhecimento só vieram em 1995, quando interpretou Luís Cláudio, um dos personagens centrais da minissérie "Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados"
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No mesmo ano, participou da novela "A Próxima Vítima", como o interesseiro Bruno, e fez seu primeiro protagonista na emissora da família Marinho. Foi na pele de Afonso de "Quem É Você?". Ainda esteve no cinema com o longa Terra Estrangeira, de Walter Salles.
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Alexandre Borges, então, se consolidou como um dos mais talentosos atores da emissora e emendou trabalhos. Foi o coprotagonista Solano Dumont de "Zazá", em 1997, e o publicitário Nélio Porto Rico do remake de "Pecado Capital", em 1998.
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Em 1999, integrou o elenco do seriado "Mulher", protagonizado por Patrícia Pillar e Eva Wilma, na pele do médico João Pedro. Também atuou no filme "Um Copo de Cólera", tendo protagonizado a sua primeira cena ousada nas telonas ao lado da ex-esposa.
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Em "Laços de Família", novela de 2000, encarnou o boa vida Danilo, mostrando pela primeira vez sua veia para a comédia. Naquele mesmo ano, participou da histórica minissérie "A Muralha", como Dom Guilherme, lançada no ano de comemoração aos 500 anos do Brasil.
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Na sequência da carreira, atuou na telenovela "As Filhas da Mãe", como Leonardo Brandão, herdeiro de uma grande fortuna que se apaixona por Ramona (Cláudia Raia). Além disso, foi o protagonista de "O Beijo do Vampiro", como Rodrigo, o lendário Cavaleiro Negro.
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Em 2003, esteve presente no grande sucesso de "Celebridade", como Cristiano, jornalista de grande sucesso, que tinha problemas após se entregar à bebida por não suportar a morte da mulher. Nela, voltou voltou a fazer par romântico com sua ex-esposa, a atriz Júlia Lemmertz, que na novela deu vida à sua vizinha Noêmia.
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Outra novela em que Alexandre apareceu foi Belíssima, como o italiano Alberto Sabatini, ex-marido de Safira e pai de Giovanna. Participou também do longa "Zuzu Angel", que narra a dramática história da estilista que teve seu filho torturado e assassinado pela ditadura militar.
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Atuou em "Desejo Proibido", como o médico, e fez uma participação especial nos primeiros capítulos de "Três Irmãs", como Artur Áquila, vítima de um acidente fatal de carro. Em 2009, viveu mais um dos seus grandes momentos na TV, ao dar vida ao excêntrico Raul Cadore, de Caminho das Índias.
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Em 2010, deu vida ao costureiro Jacques Leclair, no remake de "Ti Ti Ti", onde mais uma vez fez par com Cláudia Raia. Foi responsável pela produção dos longas "O Invasor e Joana e Marcelo" e "Amor (Quase) Perfeito".
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Interpretou, na novela Avenida Brasil, de João Emanuel Carneiro, mais um papel importante em sua carreira, o executivo mulherengo Cadinho casado com três mulheres.
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Em 2014, Alexandre estreou como diretor de teatro, com o espetáculo "Uma Pilha de Pratos na Cozinha de Mário Borboloto", no Rio, com o monólogo "Muro de Arrimo", em São Paulo.
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O ator também interpretou o cômico seu Juju, em "I Love Paraisópolis.", e o submisso empresário Aparício em "Haja Coração". O último trabalho na televisão ainda é recente, na novela "Elas por Elas", exibida até abril de 2024 na TV Globo
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"Ainda me vejo na TV e no cinema, mas só isso não adianta. Você precisa ser chamado para fazer. No teatro não. Se você se vê fazendo um Shakespeare, você arregaça a manga e faz", Faria com o maior prazer [outra novela]. Mas se não acontecer, foi maravilhoso. Torço pelas novas gerações.", disse.
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Em 1991, o ator começou a namorar a atriz Júlia Lemmertz, com quem foi casado entre 1993 e 2015. Com ela teve um filho, Miguel, nascido em 2000.
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