Animal que habita a Terra há 450 milhões de anos corre risco de extinção

Um animal que resistiu a cinco extinções em massa na história do planeta Terra pode estar com os dias contados por conta das atividades humanas.

Foto: Shubham Chatterjee/Wikimédia Commons

Trata-se do carangueijo-ferradura (Limulidae spp.), habitante da Terra há 450 milhões de anos.

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Eles são fundamentais para a medicina moderna devido ao seu sangue azul, rico em hemocianina e com propriedades antibacterianas.

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Essa característica permite a produção do Lisado de Amebócitos de Limulus (LAL), essencial na detecção de endotoxinas bacterianas em vacinas e equipamentos médicos.

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Esses animais são conhecidos por sua incrível capacidade de sobrevivência, tendo superado eventos catastróficos como a extinção do Permiano-Triássico, que exterminou cerca de 96% das espécies marinhas há 252 milhões de anos.

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Segundo os cientistas, essa resiliência é atribuída à sua biologia robusta e adaptabilidade a mudanças ambientais extremas.

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A coleta de sangue desses animais para uso na medicina é um dos fatores que tem contribuído para o seu declínio populacional.

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Embora a maioria seja devolvida ao mar após a extração, muitos caranguejos-ferradura morrem devido à fragilidade resultante do processo.

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Além disso, atividades como a pesca têm agravado a situação. Na Baía de Delaware, nos Estados Unidos, as populações caíram em até 75% desde os anos 1980.

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Algumas soluções propostas por ambientalistas incluem o desenvolvimento de substitutos artificiais para o sangue e proteção dos habitats de desova.

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Outras propostas são: regulamentações mais rígidas para a coleta dos animais e campanhas de conscientização pública sobre sua importância ecológica e médica. Conheça mais sobre esse animal fascinante!

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Apesar do nome, os caranguejos-ferradura não são caranguejos de verdade, mas sim mais intimamente relacionados a aracnídeos, como aranhas e escorpiões.

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Com uma aparência que pouco mudou ao longo de milhões de anos, eles são uma das mais antigas espécies animais do planeta.

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Seu formato é peculiar, com um corpo protegido por uma carapaça em forma de ferradura, olhos compostos proeminentes e uma cauda longa e rígida chamada télson, usada para auxiliar na locomoção e para se desvirar caso fiquem de cabeça para baixo.

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Os caranguejos-ferradura habitam principalmente regiões costeiras de águas rasas, como na costa leste da América do Norte e no Sudeste Asiático.

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Durante a maré alta da primavera, milhões de caranguejos-ferradura sobem às praias para acasalar.

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As fêmeas depositam milhares de ovos na areia, que se tornam alimento essencial para aves migratórias, como os maçaricos, durante suas viagens.

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Eles possuem brânquias em formato de livro (brânquias lameliformes) que permitem a respiração tanto na água quanto em terra, desde que estejam úmidos. Isso os ajuda a sobreviver temporariamente fora d'água.

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Eles também desempenham papéis importantes nos ecossistemas marinhos, servindo de alimento para aves migratórias e contribuindo para a saúde do habitat costeiro ao remexer sedimentos no fundo do mar.

Foto: Reprodução do X @Weird_AnimaIs

Em algumas culturas asiáticas, os caranguejos-ferradura são considerados símbolos de boa sorte e, em certos contextos, de eternidade, devido à sua longevidade e aparência quase imutável ao longo dos milênios.

Foto: Reprodução do X @dadrummondart

A preservação dos caranguejos-ferradura é fundamental não apenas para a manutenção da biodiversidade marinha, mas também para garantir o desenvolvimento de medicamentos seguros e eficazes.

Foto: Reprodução do X @CoralCityCamera

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Foto: Shubham Chatterjee/Wikimédia Commons