Aquecimento global desenfreado pode despertar vírus 'zumbis'

Além de uma mudança drástica no clima e uma maior incidência de desastres naturais, o aquecimento global pode trazer outro problema grave para a humanidade: os chamados vírus “zumbis”.

Foto: Fusion Medical Animation Unsplash

Esses vírus estiveram adormecidos por mais de 50 mil anos, mas agora podem voltar à ação devido ao aumento da temperatura global e ao derretimento das camadas de gelo do Polo Norte.

Foto: wikimedia commons Andrew Shiva

Ao longo de muitos anos, uma equipe de cientistas da França tem se dedicado ao estudo desses vírus. O líder desse grupo é Jean-Michel Claverie, de 74 anos (nascido em 6/5/1950), um especialista no assunto.

Foto: reprodução youtube

Ele já chegou a investigar vírus de quase 50 mil anos, encontrados nas profundezas do solo congelado da Sibéria.

Foto: Sergey Pesterev Unsplash

Em 2022, o cientista e sua equipe conduziram uma pesquisa em que retiraram vários vírus antigos do solo congelado – chamado de “permafrost” –, e todos eles eram nocivos à saúde e tinham a capacidade de infectar.

Foto: wikimedia commons Matti&Keti

Foi descoberto um total de 13 novos vírus, sendo um deles congelado sob um lago por mais de 48.500 anos. Conheça agora os 6 principais!

Foto: flickr Oak Ridge National Laboratory

Pandoravirus: Estes são os maiores vírus conhecidos, com os genomas virais mais extensos e uma grande quantidade de genes cuja origem é desconhecida.

Foto: wikimedia commons

Este vírus foi encontrado nas camadas congeladas no fundo de um lago na Rússia e tem uma forma oval, com cerca de 1 micrômetro de comprimento.

Foto: wikimedia commons Vincent Racaniello

Também na mesma família, acharam o Pandoravirus mammoth, um vírus enorme que só atinge amebas. Ele tem a forma de um vaso e se destaca dos outros vírus devido ao seu tamanho, que é de 1,2 micrômetros.

Foto: reprodução Jean-Michel Claverie

Megavirus mammoth: Foi o primeiro vírus desta família encontrado no permafrost. Eles também foram os primeiros vírus gigantes reconhecidos pelos cientistas e podem ser vistos através de um microscópio comum.

Foto: wikimedia commons Chantal Abergel

Ele foi descoberto em 1992, na água de uma torre de resfriamento em Bradford, Inglaterra. Além de amebas, eles também podem infectar microalgas.

Foto: domínio público

Com 0,5 micrômetros de diâmetro, o megavirus possui uma forma com 20 lados, semelhante a um objeto com múltiplas faces triangulares.

Foto: wikimedia commons Sarah Duponchel and Matthias G. Fischer

Pacmanvirus lupus: Este vírus tem alguma relação distante com os vírus africanos que causam febre suína. É o terceiro membro dessa família a ser descoberto.

Foto: wikimedia commons Clara Rolland

O Pacmanvirus foi encontrado nos restos congelados do intestino de um lobo siberiano (Canis lupus) que viveu há 27.000 anos.

Foto: Melissa Chabot Unsplash

O vírus recebeu esse nome em homenagem ao personagem de videogame Pac-Man porque, ao ser desmontado, a estrutura de proteína que compõe sua casca se parece com uma boca aberta.

Foto: Jan por Pixabay

Pithovirus: Foram encontrados dois tipos deste vírus no permafrost: o primeiro, chamado de pithovirus mammoth, foi encontrado na mesma amostra pré-histórica de pelos do mamute.

Foto: wikimedia commons Pavel Hrdlička

O segundo tipo é o Pithovirus sibericum, um dos maiores vírus já vistos, medindo 1,5 micrômetros de comprimento, que é aproximadamente do tamanho de uma bactéria pequena. Este foi coletado em 2000, na região de Kolyma, no extremo leste da Rússia.

Foto: wikimedia commons ViralZone

Com uma partícula grande e alongada de 2 micrômetros de comprimento, os pithovirus têm a capacidade de infectar apenas amebas.

Foto: wikimedia commons

Cedratvirus lena: O Cedratvirus lena foi coletado do permafrost nas margens lamacentas do rio Lena, a Sibéria, com um tamanho de cerca de 1,5 micrômetros. Como os outros vírus gigantes, eles também infectam amebas.

Foto: wikimedia commons Clara Rolland

Outras variantes encontradas na Rússia incluem o C. kamchatka, da península de Kamchatka, e o C. duvanny, das lamas do rio Kolyma (foto) – este se formou devido ao derretimento e à mistura de permafrost de várias eras geológicas.

Foto: Anna Barsukova Unsplash

Mollivirus sibericum: Este vírus foi localizado em uma amostra de permafrost siberiano com cerca de 30.000 anos de idade.

Foto: wikimedia commons Deirdre Fulton

Ele também pertence à categoria de vírus gigantes, que podem ser vistos através de um microscópio comum. Além disso, o M. sibericum não representa uma ameaça para qualquer animal, incluindo seres humanos.

Foto: divulgação Matthieu Legendre

Os cientistas afirmam que não é necessário se desesperar no momento. Eles explicam que a probabilidade de os vírus antigos afetarem os seres humanos é extremamente baixa.

Foto: Gerd Altmann por Pixabay

Tão citado nesta galeria, o permafrost é uma camada de solo, rocha ou sedimentos que está permanentemente congelada, com temperaturas abaixo de zero graus Celsius, por pelo menos dois anos consecutivos.

Foto: jesse orrico Unsplash

Em algumas regiões da Sibéria, o permafrost pode atingir até 1 km de profundidade — o único lugar no mundo em que o permafrost desce tão longe.

Foto: Daniel Born Unsplash

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Foto: Fusion Medical Animation Unsplash