Jair Bolsonaro cita navios do Irã para cutucar Lula nos EUA

O Governo Federal do Brasil autorizou a visita de dois navios de guerra da Marinha do Irã, “Iris Makran” e “Iris Dena”, ao Porto do Rio de Janeiro. E isso deu o que falar. O FLIPAR mostrou.

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Agora, o assunto ganhou lenha na fogueira com o discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante um evento de conservadores nos Estados Unidos.

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“Somos um país de paz. Se eu fosse presidente, não teríamos esse problema agora com os navios iranianos”, disse Bolsonaro, numa referência tácita ao presidente Lula.

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A autorização da União previa a permanência das embarcações no período de 26 de fevereiro a 4 de março.

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O vice-chefe do Estado-Maior da Armada, Vice-Almirante Carlos Eduardo Horta Arentz, foi o responsável por assinar a autorização referente à estadia dos navios.

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A atitude do Brasil de permitir a chegada dos navios provocou reações de países como EUA e Israel.

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No dia 15/02, dias após o encontro entre os presidentes Lula e Joe Biden, a embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley, chegou a pedir que o país não permitisse a atracação dos navios.

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No pedido, ela afirmou que “no passado, as embarcações foram usadas para o comércio ilegal e atividades terroristas e também já receberam sanções dos Estados Unidos”. Ela ainda finalizou dizendo que “esses navios não devem atracar em lugar nenhum”.

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O senador norte-americano Ted Cruz, que faz parte da Comissão de Comércio, Ciência e Transporte do Senado dos EUA, publicou uma declaração em suas redes sociais condenando a visita dos navios de guerra iranianos ao Rio de Janeiro.

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Ele afirmou que isso representa uma ameaça direta à segurança dos americanos e tem consequências perigosas.

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Ted Cruz ainda ameaçou com possíveis sanções ao porto do Rio de Janeiro e às empresas brasileiras que prestaram serviços ou receberam pagamentos dos navios iranianos, bem como às empresas estrangeiras que se envolverem com essas empresas no futuro.

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Além dos EUA, o governo de Israel também manifestou preocupação e repúdio em relação aos navios do Irã em águas brasileiras.

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Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores israelense disse que os navios são "perigosos" e "lamentáveis".

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O governo israelense chegou a pedir formalmente ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que mandasse os navios embora.

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A manifestação do governo israelense chegou em meio à crescente tensão entre Estados Unidos e Irã, que se intensificou desde que o governo Biden assumiu o poder. O Brasil, por sua vez, tem mantido relações comerciais com o Irã, apesar das sanções internacionais.

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O governo brasileiro afirmou que estava acompanhando a situação e não permitiria que as águas brasileiras fossem usadas para atividades ilegais.

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Segundo a “Iran Press News Agency”, o "Iris Makran", um dos navios atracados no Porto do Rio, foi integrado à Marinha do Irã em janeiro de 2021.

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Trata-se de um navio logístico que funciona como uma base móvel de apoio a outros equipamentos, pesando 121 toneladas e com capacidade para receber cinco helicópteros.

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De acordo com a agência iraniana, é a maior embarcação militar do país e pode transportar até 80 milhões de litros de combustível e 20 milhões de litros de água.

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Já o "Iris Dena", equipado com mísseis, torpedos e canhões navais, foi projetado e construído pela Marinha do Irã, entrando em operação em junho de 2021.

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Recentemente, o Porto do Rio de Janeiro foi palco de outra polêmica. Uma série de denúncias apontaram para o fato de o lugar estar se tornando um verdadeiro “Cemitério de Navios”.

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Diversas dessas embarcações estão enferrujadas e completamente abandonadas. Outras estão quase afundando.

Foto: reprodução tv band

Para alguns especialistas, o “Cemitério” inclusive pode representar uma ameaça ambiental, por conta dos elevados níveis de corrosão, além do grande risco de vazamento de óleo e de outras substâncias químicas.

Foto: reprodução tv band

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