Brasil é 4º país no ranking de trabalhadores tristes ou raivosos na América Latina

Um estudo realizado pela consultoria Gallup apontou que o Brasil é o 4º país da América Latina com maior número de profissionais tristes ou com raiva.

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Segundo os dados, 25% dos trabalhadores brasileiros afirmaram sentir tristeza todos os dias, deixando o país atrás apenas de Bolívia (32%), El Salvador (26%) e Jamaica (26%).

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Além disso, o levantamento mostrou que 18% dos brasileiros relataram sentir raiva todos os dias.

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A pesquisa também revela que o Brasil ocupa o 7º lugar na lista dos países mais estressados da América Latina, com 46% dos trabalhadores lidando com estresse diário.

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Nesse quesito, a Bolívia ficou em 1º com 55%, enquanto Paraguai (34%) e Jamaica (35%) apresentam as menores taxas de estresse entre os profissionais.

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A pesquisa, que entrevistou 128 mil pessoas em mais de 160 nações, apontou uma série de fatores que causam esses sentimentos negativos nos trabalhadores.

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Um deles é o papel da gestão no bem-estar dos colaboradores, apontando que profissionais sob liderança inadequada têm 60% mais probabilidade de sofrer com níveis elevados de estresse.

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O relatório indica que o ambiente de trabalho e a eficácia dos líderes são cruciais para a saúde mental dos funcionários.

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O documento sugere ainda que a influência dos gestores pode ser tão significativa quanto a de pessoas de apoio na vida pessoal, como os cônjuges.

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Um dado importante revelado pelo estudo é o efeito da solidão no ambiente de trabalho, que atinge uma em cada cinco pessoas globalmente.

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No Brasil, onde as relações interpessoais são fundamentais para o bem-estar e a produtividade, a solidão pode se tornar um obstáculo ainda mais sério.

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Fatores como desempenho e engajamento dos colaboradores são prejudicados principalmente por conta do isolamento diário.

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O levantamento feito pela Gallup também destaca que esses sentimentos negativos geram sérias consequências financeiras para as empresas.

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Estimativas apontam que, por esses motivos, US$ 8,9 trilhões são perdidos por ano em todo o mundo, o que representa cerca de 9% do PIB global.

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Entre os impactos diretos estão o crescimento do esgotamento, maior rotatividade de funcionários, além de problemas com pontualidade e frequência no trabalho.

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Apesar de nem todos os problemas de saúde mental estarem diretamente ligados ao trabalho, a pesquisa destaca a relevância do ambiente profissional no combate a esses problemas.

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No Brasil, a Lei 14831, que institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, foi aprovada com o objetivo de encorajar as empresas a implementar iniciativas que promovam o bem-estar no ambiente corporativo.

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Segundo o relatório, a promoção de uma cultura de bem-estar e a implementação de políticas de trabalho mais flexíveis são algumas das sugestões recomendadas para melhorar essa situação.

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Conforme o documento, balancear emoções negativas e positivas é fundamental para que os profissionais consigam encontrar propósito tanto no trabalho quanto em sua vida pessoal.

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