Depósito mantém sementes para sobreviventes do 'fim do mundo'

Você já ouviu falar em Svalbard? Ali fica um gigantesco depósito registrado como "Svalbard Global Seed Vault" , na Noruega. É tão valioso que é chamado de "cofre".

Foto: Subirt wikimedia commons

É uma estrutura de concreto construída numa montanha coberta pelo chamado "permafrost" (camada permanente de gelo, que nunca derrete).

Foto: Cierra Martin for Crop Trust FLICKR wikimedia commons

Esse depósito foi construído em 2008 e mantém mais de um milhão de variedades de sementes importantes para a nutrição dos seres humanos e dos animais.

Foto: Dag Endresen wikimedia commons

O governo norueguês financiou inteiramente a construção do cofre de aproximadamente 45 milhões de kr (coroas norueguesas) : US$ 8,8 milhões em 2008. Hoje seria o equivalente a R$ 45 milhões.

Foto: Mari Tefre wikimedia commons

O local foi escolhido por três principais motivos. Primeiro porque as ilhas Svalbard ficam numa região muito remota, mas sem dificuldade de acesso. É longe, mas não oferece risco.

Foto: Hylgeriak wikimedia commons

Além disso, a Noruega é um país considerado estável na política e na economia, à margem de ameaças de guerra com outras nações e de conflitos internos.

Foto: Andre Shutterbird wikimedia commons

E, finalmente, porque as condições climáticas favorecem a preservação das sementes. O local é tão frio que, na língua nórdica, Sval significa "frio" e Bard é "borda".

Foto: Bjørn Christian Tørrissen - wikimedia commons

Svalbard é banhado pelo oceano Glacial Ártico ao norte, mar de Barents a leste e mar da Noruega e mar da Groenlândia a oeste. Fica a 560 km da costa continental da Noruega.

Foto: Oona Räisänen (Mysid) - wikimedia commons

As sementes são mantidas em área bem protegida, a uma temperatura fixa de -18ºC.

Foto: Dag Endresen wikimedia commons

Elas chegam do mundo inteiro em sacos com centenas da mesma espécie, especificadas com a identificação de tipo e origem.

Foto: Dag Endresen wikimedia commons

O Arquipélago de Svalbard tem, ao todo, 61 mil km². E ali moram cerca de 2.700 pessoas. A capital é Longyearbyen. E a língua oficial é o Bokmal norueguês.

Foto: Dagny wikimedia commons

Embora pertença à Noruega, Svalbard tem um tratado internacional de acesso à região justamente por causa do cofre que recebe sementes de muitos países.

Foto: Daniele1357 wikimedia commons

Mas o acesso é extremamente limitado. Somente pessoas com licença especial podem chegar perto.

Foto: Dag Endresen wikimedia commons

Em Longyearbyen, existe um aeroporto com voos para Oslo, a capital norueguesa. A pista fica bem perto do mar.

Foto: Bjoertvedt - wikimedia commons

A companhia aérea Scandinavian Airlines opera os voos na região.

Foto: aeroprints.com wikimedia commons

Caso haja uma ampla destruição de vegetação nativa, a ponto de eliminar certas espécies de plantas, as sementes de Svalbard serão usadas para recomposição.

Foto: Dag Endresen wikimedia commons

Da mesma forma, espécies de sementes que fazem parte de pesquisas também podem ser recuperadas se houver a destruição de laboratórios.

Foto: CCGL divulgação

Isso já ocorreu na cidade de Alepo, na Síria, durante a Guerra Civil que devastou muitas construções.

Foto: Zidanhalap - wikimedia commons

O banco de sementes do instituto (que faz pesquisa agrícola em áreas secas), foi arrasado. Mas havia sementes do mesmo tipo guardadas no cofre de Svalbard.

Foto: Imagem de Alex Dante por Pixabay

Esse tipo de banco genético de plantas teve um pioneiro no começo do século 20: o botânico, geneticista e biógrafo russo Nikolai Vavilov (1887-1943).

Foto: Domínio público

Ele adorava estudar a biodiversidade vegetal e tinha o sonho de acabar com a fome no mundo. É que, além de guerras, pragas também representam uma ameaça.

Foto: Kinon DOMÍNIO PÚBLICO

Se um fungo atacasse por exemplo, as plantações de trigo, tornando-se letal para esse tipo de semente e espalhando-se pelo planeta, seria possível (após o extermínio do fungo), replantar o trigo com sementes do banco genético. E a espécie não estaria perdida.

Foto: minka pixabay

As espécies mais numerosas em bancos genéticos pelo mundo são o arroz (foto), o trigo e o capim kikuyo. Este serve para a alimentação de animais. Bancos genéticos preservam espécies e enviam uma parte para Svalbard.

Foto: Amartyabag - wikimedia commons

Por tudo isso, o cofre de Svalbard é na Noruega, mas é de todo o mundo.

Foto: Tiq wikimedia commons

Acompanhe o Terra

Diariamente o Terra traz conteúdos para você se manter informado. Acesse o site e nos siga nas redes.

Foto: Subirt wikimedia commons